viernes, 25 de septiembre de 2009

Próximo Destino: Tailandia, Camboja e Vietna



Ok, agora eu sei para onde vou. Não tenho datas definidas porque não comprei as passagens mas com certeza estou indo para a Tailandia, Camboja e Vietna.

Os dois primeiros é vontade de conhecer. Enquanto eu estava arrumando meu apartamento para fechar e alugar, encontrei uma revista de turismo sobre a Tailândia que estava guardada há anos. Sabe aquele lugar que vc quer ir na lua de mel ou fazer aquela viagem bem romantica? Pois bem, por isso que eu guardei. Como não vai ter lua de mel acontecendo tão cedo, resolvi ir assim mesmo, afinal eu tenho o tempo, a vontade e a possibilidade de fazer.

O Camboja tem dois motivos, o primeiro é que é do lado da Tailândia, fácil de chegar, o segundo é que há muitos anos atrás, acho que já faz uns dez anos eu vi uma reportagem no Discovery Channel sobre três lugares. Machu Pichu, no Peru, as Piramides do Egito e as ruínas de Angkor Wat, no Camboja. Eu nunca tinha ouvido falar desse último lugar mas o interessante da reportagem era que eles puseram o desenho dos três lugares e foram retrocedendo no tempo até encontrar uma constelação de estrelas que tinha exatamente o mesmo formato. Achei tão legal, fiquei louca para conhecer.

E o Vietnã não estava nos meus planos mas conheci através da minha irmã, o David Richard que dirige a Wheels for Humanity. A história dessa ONG é bonita. O irmão do David estava dirigindo um carro na Guatemala quando viu uma mulher se arrastando pelo chão, usando os cotovelos,  para atravessar a estrada. Ele parou para conversar com a mulher e descobriu que ela fazia aquilo há mais de 20 anos, desde que ela pegou polio, aos 7 anos de idade. Ela atravessa a estrada para pegar comida e compras do outro lado. Ele prometeu a ele mesmo que voltaria com uma cadeira de rodas para ela. Voltou aos Estados Unidos e conseguiu não só uma mas 20 cadeiras. Assim começou esse trabalho lindo. Eles recolhem cadeiras de rodas doadas, consertam, arrumam e distribuem para quem necessita. Eles fazem a doação no mundo inteiro. Próxima doação é Vietña. Vou estar lá como voluntária. Vou tirar fotos para os arquivos.

Minha irmã faz um trabalho bonito também, ela tem uma empresa, a Key International Group que faz freight forward, ou seja, faz o processo de frete de carga entre origem e destino final. Ela faz isso para a Wheels for Humanity de graça. E já foi numa doação no México e me recomendou muitíssimo. Portanto, vou me juntar a uma trupe de pessoas, entre medicos, fisioterapeutas e outros profissionais, que no geral fazem isso no período de ferias que eles têm. E ainda pagam toda a viagem do bolso.

Eu fui lá essa semana, passei dois dias no escritório e oficina, limpei cadeiras de rodas, ajudei a desmontar e montar algumas. Quis conhecer um pouco antes de ir.

Só de passar dois dias lá na Wheels, já foi interessante.  Comecei pensando em quanto sofrimento tinha em cada cadeira, sai pensando em quanta alegria uma cadeira pode trazer.



O que me move a fazer isso? Ajudar, conhecer, crescer, sair do meu mundinho. E agradecer cada vez mais aos deusses, aos guias e aos anjos. Porque a vida é uma graça divina e a saúde é um bem raro.

sábado, 19 de septiembre de 2009

Não ao plástico

O plástico é algo recente na história humana, somente nas últimas décadas que começamos a conviver com ele. Hoje se olharmos em volta, tudo é feito de plástico. Observe no supermercado, praticamente todas as embalagens são de plástico, iogurte, bebida, água, sorvete, potes de comida para levar, geléia, mel, nutella, shampoo, eletrodoméstico, componentes automotivos, brinquedos. Aos poucos, tudo vai sendo feito de plástico.


Material bom, durável mas também descartável, Agora sempre que tem uma festinha lá vem os horríveis copos de plástico, pratos, talheres. . No escritório, só copo de plástico. Reunião, copo ou garrafa de água de plástico. Sede na rua? Uma garrafa de água. E depois é só jogar fora, muito prático. Mas eu conheço muita gente que usa bastante, re-usa, não joga imediatamente ou tenta usar menos. Eu mesma comprava uma garrafa de água no escritório e ficava usando uns dias até trocar por outra, ficava feliz de economizar uns copinhos. Outro exemplo é a Geni, amiga querida, que guarda aquelas embalagens plásticas (aquelas que vêm qdo compramos coisas por peso como azeitona, nozes, queijo ralado) e vai usando.


E em casa então, aqueles potinhos plásticos tipo Tuparware, ou agora os Zigs, é uma mão na roda para guardar coisas. Do freezer para o microondas, perfeito.


Mas eu tenho duas preocupações com isso.


A primeira é o impacto disso na nossa saúde. Dizem que plástico é constituído por uma substância chamada bisfenol A (BPA) que pode provocar alterações no nível de hormônios e pode provocar câncer.  Existem exames que mostram que nosso sangue têm níveis maiores de substâncias tóxicas oriundas do BPA e isso me assusta. Não sou nenhuma especialista nisso, de certa forma, repito o que li em alguns artigos de revista e site e não tenho aqui nenhuma vontade de escrever um texto técnico. O ponto é que a indústria vêm se beneficiando cada vez mais com o uso dos materiais plásticos e eles podem ser tóxicos então, no mínimo é melhor evitar.Eu já havia ouvido falar de não usar plástico no microondas, mesmo aqueles que se dizem próprios para isso e que as garrafas plásticas não podem ser re-usadas mais do que três vezes.


Sabendo disso, e de certa forma, só depois que cheguei aqui na Califórnia, passei a evitar o uso de plástico. Minha irmã nem usa microondas e quando tem que esquentar ou guardar comida, tudo é em refratários de vidro, aqueles tipo Pirex com tampa plástica. Aboli a garrafa plástica, comprei um suco que veio numa garrafa de vidro e tenho enchido ela de água e carrego comigo (aqui faz calor e tá seco). Agora que pretendo viajar um pouco mais, estou tratando de comprar uma e resolvi fazer uma pesquisa.


A primeira surpresa, foi que a Zigg é feita de alumínio. Eu não uso panela de alumínio faz anos, dizem que isso acumula no corpo. Alguém uma vez me disse que viu na Alemanha uma loja vendendo as panelas mas com um cartaz dizendo algo como "compre consciente que há um possível risco para sua saúde". Mas que para evitar o perigo do alumínio, as garrafas da Zigg tem uma camada de epoxi. E qual é um dos componentes do epoxi? BPA. Sei lá, a gente encontra de tudo na internet, nunca sabemos quando algo é verdadeiro ou não. Tem muita site falando da Zigg e que eles mudaram a produção deles no meio do ano passado. Na dúvida, vou para as garrafas de aço e de outra marca.


Tem até uma ONG que chama Bring Your Own, ou seja, Traga a Sua, incentivando vc a sempre trazer a sua garrafa e não comprar água em garrafas plásticas. Aliás existem movimentos muito fortes na Europa para não compra água engarrafada, e sim para beber água da torneira.


E o motivo é simples e essa é a minha segunda preocupação. O oceano de plástico que se formou no Pacífico entre a costa do Havaí e Japão. As correntes marítimas  estão concentrando uma grande quantidade de plásticos lá, dizem que é enorme do tamanho de dois Texas . E que o polímero do plástico é super resistente, que não tem nenhum predador natural que consiga quebrar isso e eles não são biodegradáveis. E o que acontece, é que eles vão se quebrando, fragmentando e se tornam pequenos pedaços que vêm matando a fauna marítima, porque eles engolem. Vi umas fotos bem tristes de bichos mortos, ou esqueletos cheios de coisas plásticas dentro dos corpos. Bem triste, nem quero por aqui. Mas ponho uma reportagem da National Geographic que explica mais detalhamente o problema  do oceano de plástico e fala também do problema do BPA já que alguns plásticos (como os saquinhos de supermercado) se desintegram e  que a água está contaminada com essa substância e portanto a vida marinha.


Menos de 1% das sacolinhas plásticas de supermercado são recicladas. É mais barato produzir do que reciclar. E o plástico em si também não é totalmente reciclado, tem perdas.


Sabem, acho que aos poucos estamos voltando aos tempos antigos. Comer manteiga e ovos, levar o engradado de garrafas para trocar no supermercado, economizar, ficar mais com a família. Tomara! Aqui as pessoas vão ao Farmer Market com saquinhos de papel usados e sacolas grandes. Põem o alimento dentro, pesam, levam para casa e trazem de volta. O produtor até tem o saquinho de papel mas muita gente traz o seu.


Portanto, para terminar, plástico faz mal para a saúde e está entulhando o mundo. Evite-o.


miércoles, 16 de septiembre de 2009

The Tightwad Gazette - Amy Dacyzyn

Eu me diverti lendo esse livro. Tudo começou quando eu e minha irmã acabamos de jantar e começamos a arrumar a cozinha. Ela pegou o guardanapo que usamos no jantar e começou a limpar uns pinguinhos do fogão. E ela me contou que tem um livro de uma mulher que ela guardava esses guardanapos numa gaveta para usar depois. Achei tao divertido.  E ai ela começou a contar outros casos do livro. Que a autora alimentava uma família de 6 crianças com menos de 180 dólares por mês, que ela lava e reusa os zipbags durante meses (ou sera anos?), re-usa papel alumínio (ela até ganhou de presente de Natal dois rolos de uma tia) e saco do aspirador de pó. Compra roupa em garage sale, corta o cabelo das crianças e por aí vai.
Imediatamente me identifiquei. O Ale me chama de Juditstein porque eu sou pão dura. Sou sim, sempre fui. Trabalhava na IBM, ganhava um bom salário, tinha carro da empresa, um apê xuxu mas sempre economizei.
Talvez por ter tido uma infância simples numa família numerosa, talvez por ter trabalhado desde menina na pastelaria dos meus pais, talvez por ter vivido parte da minha infância  ali na Praça Antonio Menck, centro de Osasco, junto com tanta gente humilde,  talvez porque eu goste de economizar mesmo, talvez por tudo isso junto, eu sei muito bem o valor do dinheiro.
E ai eu comecei a ler o livro e me diverti tanto. Porque ser pão duro tem uma conotação ruim, como se fossemos pessoas muquiranas, amargas, avarentas, pobres, sei lá. Mas lendo o livro, descobri que existe muita gente como eu, que simplesmente não gostam de desperdício, que questionam medidas, e que odeiam ver quanto saiu da conta bancária. Algumas têm um objetivo maior como comprar uma casa maior ou uma linda fazenda. Lendo o livro, confesso, perdi a vergonha!
O livro é antigo, de 1992, dizem que ela apareceu na Oprah e daí começou a escrever as dicas no jornal e depois o livro que virou uma pequena série. Ela mesma diz que agora não precisa economizar tanto. Ficou milionária. O livro tem formato de jornal, como se fosse uma coluna diária de dicas de economia.  E o legal é que várias pessoas enviaram as suas dicas que ela coloca junto. Logo no começo ela  mostra uma leitora que corta o lenço da máquina de secar (dryer sheet)  em quatro (a gente não tem isso no Brasil, mas aqui, são lencinhos que tem a funçao de amaciante e para tirar a estática da roupa). Outra leitora disse que parou de comprar mas não de usar, simplesmente pega aqueles que os vizinhos jogam no lixo e re-usa (aqui os prédios tem lavanderias coletivas) e ai uma outra leitora ensina como fazer o seu próprio lencinho usando uma toalha pequena e adicionando amaciante líquido que é muito mais barato.

Outra que eu gostei. Sabe o que é o fast food da família deles? Arroz com lentilha. Realmente, a gente come pouca lentilha, eu confesso que nem gostava muito. Até comer arroz com dahl num restaurante indiano. Dahl é um crème de lentilha, ou sopa de lentilha com tempero indiano. Delícia, ontem mesmo, eu e minha irmã chegamos tarde e famintas e em meia hora estávamos tomando uma deliciosa sopa de lentilha, cheia de legumes e com gostinho indiano (cominho, pimenta e um pouco de limao).  Lentilha só precisa de meia hora de molho ( nem pusemos), cozinha rápido, e é muito barato. Vejam a receita da Rita Lobo, Sopa dos Sonhos.

Aliás, agora como muito menos carne (ainda amo!) mas aprendi a colocar mais grãos nas refeições como grão de bico (sopa e salada), lentilhas de todas as cores (coringa para uma sopa rápida), trigo (sopa e salada), quinoa (salada, mas o preço no Brasil ainda é caro), feijão branco (delícia do Locro),  aveia (sopa) e cevada. Cevada cozida com arroz integral, salada ou em sopa, delícia.  Nutritivo, barato, cheio de fibras.

Bom, mas o livro tem várias dicas engraçadas, várias que eu não faria, outras que eu faço e que faria, principalmente se tiver filhos. Dicas de como fazer barra de cereais para o lanche das crianças, de como re-utilizar coisas, de como montar brinquedos para as crianças algumas respostas para os desejos consumistas das crianças. Ela faz conta de como pagar menos juros em financiamento, faz conta de quanto paga por unidade comprada, tem uma agenda com preço das coisas em cada supermercado, ensina a comprar de monte tudo que está barato, ou seja, senso comum que parece que perdemos nessa sociedade de consumo. O mantra dela é: comprar barato, fazer durar e usar menos.

Fiquei feliz de ler (não que vc leia exatamente, fui pulando de dica em dica), hoje para mim é economizar meu dinheiro sim mas tem também muito forte o lado do meio ambiente.


The Juditstein Gazette

Eu me preocupo com a quantidade de lixo que geramos. Faz vários anos que faço as coisas que relato abaixo.

No supermercado , ponho todos os legumes num saquinho plástico e no caixa tiro e peso eles individualmente e ponho tudo de volta. Lembro que no começo as pessoas não entendiam. Uma vez na praia, o homem foi pesando e colocando tudo em sacos separados, pedi delicamente que pusesse tudo de novo no mesmo e juro que tentei explicar mas pela cara ele não entendeu nada.

Vou na loja comprar roupa e não pego nem sacola, nem embalagem. As pessoas perguntavam: “e como vc vai levar?” Ponho na bolsa e pronto. Só pego saquinho plástico no supermercado se estiver precisando para por nos lixos pequenos de casa, carrego minha sacola de pano na bolsa. Há uns anos atrás, sumiram os conterners de lixos reciclados então eu carregava tudo até um que tinha no meio do Ibirapuera (essa nao era nada fácil) agora tem fácil em qualquer Pão de Açucar.

Aliás, passava 3 vezes por semana no supermercado. Adoro supermercado. Mas passava no Dia para comprar produto de limpeza (muito mais barato), no Natural da Terra para verduras (caro e bom, aqui não economizo não) e em algum supermercado para comprar outras coisas. Comprava tudo que tá em promoção (mas em promoçao de verdade).

Uso menos sabão na máquina de lavar, afinal minhas roupas são pouco usadas e no geral, limpas. E para o fabricante quanto mais vc usar melhor para ele, certo? Mas eu me preocupo com a quantidade de sabão que jogamos nos rios.

Uso menos açucar nas receitas, açúcar faz mal. Diluo suco com água. Iogurte? Sei fazer caseiro. Mas também adoro gelatina (pena que elas andam super doces), muito mais barato.

Embalagem para presente? Nada, agora compro celofane transparente e ponho fitas bonitas, geralmente  vindas de presentes que ganhei.

Antes eu comprava vinhos caros quando era convidada para um jantar. Caro é modo de falar porque eu tentava comprar de uns 40 reais, mais do que o dobro do que eu pago nos meus. E ai, ficava até sem graça porque o dono da casa tem aquelas geladeiras de por vinho (vinoteca) e o meu ficava parecendo o parente pobre. Não compro mais. Levo um pote de doce (alguém já comeu aquela goiabada da marca Da Fazenda? É de lamber os dedos, acho que só tem no Empório São Paulo). Ou faço meu famoso pudim de leite, que faço em 15 minutos e devo gastar 5 reais para fazer (ah, tá bom, tem que esperar uma hora de forno e por na geladeira) mas fica lindo e todo mundo ama.

Eu jantava e almoçava muito fora no Brasil, esse era meu luxo. Deliciosamente as terças a noite e almoço de sábado com a Déia, pizza no domingo, jantar com amigas, um almoço com a família, ou seja, pelo menos 5 vezes comendo fora por semana. Ao custo São Paulo, é grana. Mas dá para fazer isso sem torrar tanta grana. Não peço entrada, nem sobremesa, nem bebida. Para beber, água, e peço o prato que tiver vontade. No máximo, dividir entrada ou sobremesa.

Balada? Água, no máximo uma cerveja. Estacionar? Dou uma volta no quarteirão, sempre acho uma vaguinha na rua há um quarteirao de distância, não me importo nem um pouco em andar um quarteirão. Nada que me exponha, ou seja, nao faço em lugares perigosos e Vila Mada a noite que é perda de tempo. Me revolto em ter que pagar estacionamento em todo lugar, o cúmulo é na padaria.

Louça? Essa aprendi com a Lilica. Passo sabão em tudo, limpo totalmente a pia e passo sabão nela também, ponho toda a louça de volta na pia. A água de enxague dos primeiros enxagua o que está na pia, e o final só precisa de uma passadinha de água.

Ah, essas vcs vão achar exagero mas eu faço sim. Essa eu li há uns dois anos. Que algum ministro da Inglaterra decidiu que na casa dele só se dava descarga quando era sólido. Bom, eu faço isso quando tenho o meu banheiro ou estou sozinha em casa. E toda vez que faço, ou seja, deixo de dar uma descarga, fico toda feliz pensando, acabo de economizar 8 litros de água!

E tento comprar do pequeno. É super conveniente comprar a Veja no caixa do Pão de Açucar, certo? Mas eu prefico comprar na banca do lado de casa, tinha uma conta corrente lá e ficava bem feliz de pensar que o meu dinheiro vai para ele e não pro Diniz, que já tem demais.

No fundo, tem também o meu protesto contra o consumismo exagerado e a quantidade de coisas que jogamos na natureza. Alguém já leu sobre o Oceano de Plastico que existe no Pacífico? Vou falar dele daqui a pouco.

Mas parece que trabalhamos cada vez mais para poder consumir. Se consumir menos, podemos trabalhar menos? Espero que sim. Graças ao que economizei nesses anos, comprei meu ape, que hoje tá alugado e me permite o luxo de ficar esse ano fora, viajando e sem trabalhar.

Eu leio e acomponho notícias sobre meio ambiente. Hoje mesmo li no LA Times que as faculdades estão praticando Trayless. Isso, não tem mais bandeja no restaurante. Descobriram que se não tem bandeja, não tem mão para carregar mais comida. Resultado, 30% a menos no desperdício de comida. E não tem que lavar bandeja! Menos sabão! Mas a contrapartida é que tem que limpar mais as mesas. Me parece um bom deal.

Acima de tudo, economizar requer CRIATIVIDADE! Use a sua e use seu dinheiro mais eficazmente. E guarde sempre, ninguém sabe o dia de amanhã.

Em tempo, tightwad significa mão fechada. Sorry, post longo, mas não resisti.

lunes, 14 de septiembre de 2009



Bhakti Fest 2009 - Joshua Tree


Minha irmã me convidou para ir no Bhakti Fest, ela comprou os ingressos fazia tempo, antes mesmo de eu vir para cá. Eu já havia avisado que não poderia ir porque minha passagem de volta para Sampa estava marcada para o dia 06 de setembro. Como eu cancelei minha volta, lá estava a oportunidade de novo. Fui, vi, vivi e gostei!

Bhakti Fest, festival de 3 dias no meio do deserto em Joshua Tree, California. Nas palavras deles: "Bhakti Fest is a three day music festival celebrating devotion through chanting, yoga, meditation and community. " Bhakti significa yoga devocional, e os bhaktis, na Índia antiga, escreviam poemas de amor ao Divino, cuja mensagem era simples, cultivar o prazer e a felicidade. Algumas pessoas estavam chamando isso de Woodstock New Age. Qualquer que seja o nome, tenho um pouco de dificuldade em explicar, porque muita coisa era nova para mim. Acima de tudo, acho que foi tudo uma grande festa, três dias de yoga, kirtan, comida saudável e muita energia no meio do deserto. Sim, muito calor de dia, muita água para evitar a desidratação, chapéu, protetor 50, noites quentes e maravilhosas e muita gente diferente e colorida.

Kirtan são cânticos de mantras e sons considerados sagrados pelos hindus, geralmente palavras simples são cantadas e repetidas a exaustão por todos, dizem que isso aquieta a mente e é um processo de transformação consciente. Mas o ritmo pode ser diverso, vai mudando, pode ser tranquilo, pode ser completamente alucinante. Eu dancei muito, a música rolou initerruptamente durante os três dias, dia e noite, trocando de banda a cada duas ou três horas. Acho que o melhor e mais conhecido representante é o Krishna Das, que não estava lá, mas tinha tanta gente boa, fazendo cada som legal.

Rolava yoga em uma sala com ar condicionada (imprescindível), eu fiz algumas aulas, participei de uma com uma professora consagrada chamada Shiva Rea, absolutamente lotada, difícil até de participar apesar deles terem tentado limitar o número de participantes. No fim, abriram outra sala de aula porque a galera queria é fazer aula, as classes estavam bem cheias.

Fiquei muito tempo no espaço central onde rolavam os kirtan, cantei, dancei, meditei, bati papo com as pessoas, conheci um ou outro. Tava lá os famosos Jai Utall e Donna Delory. Mas ouvi uns que eu não conhecia e amei como o Dave Stringer e principalmente um cara bárbaro chamado MC Yogi, que canta em ritmo de hip hop. Devo ter ouvido algumas milhares de vezes "Hare krishna", outras milhares "om namah shivaya", em todos os ritmos.

Comi comida raw (crua), comida natural, vegetariana, indiana. Nada de hamburguer, refrigerante, açucar ou pratos gigantes. Muita gente comendo salada, aquelas pessoas magérrimas, geração muito saúde, que verifica tudo que põe no corpo. Drogas???!!! Não, senti cheiro uma vez só de maconha. Nem cigarro vi. Sexo? Nadinha, uma pena. Gente bem saudável, de bem com a vida, a maioria professor de yoga, músico e healers. E gente que gosta de yoga, como eu, como minha irmã.

Tinha também uma sala de palestras e outra com massagistas e healings (pagos a parte), nem fui ver.

Sabem o que me surpreendeu mais? As pessoas te olham no olho e sorriem. A primeira pessoa que fez isso, eu fiquei pensando, será que eu conheço? E aí eu reparei que todo mundo fazia isso. Muito estranho no começo, mas achei bem bom. Adorei as cores, os vestuários, a música e principalmente a energia.


E fiz meus filminhos caseiros, to aprendendo ainda, usando a minha câmera fotográfica, entao a qualidade não é essas coisas. Quero ver se aprendo a editar e por tudo junto fazendo um só filme. Mas como ando aprendendo a fazer essas coisas sozinhas, demora muito. Sinto falta dos estagiários!!! Mas vai um sample aqui.

Escolhi esse do MC Yogi, claro. Mas pus uma música calminha que ele fez para o Yoga Aid.




Em tempo, ainda NÃO virei hippie, nem bicho grilo.

jueves, 10 de septiembre de 2009

Prazeres do Brasil


Faz tempo que eu queria por um vídeo aqui mas só hoje tive um tempinho para aprender como fazer isso. 

Acordei com vontade de ouvir Bebel Gilberto.  Eu adoro ela cantando Samba da Benção mas achei tão lindo esse vídeo do próprio autor, que achei irresistível. Então resolvi por  dois.

Para ouvir com tempo, dois vídeos longos e lindos de músicas e vozes geniais. Nessas horas, sinto muito orgulho de ser brasileira. A Bebel Gilberto nasceu em New York, mas não tenho dúvidas que ela representa o Brasil.

Enjoy it! Eu ouvi com um prazer immmennnnnnnnssoooooooo!

Obs: para parar a música do blog, é só ir no ipod do lado direito e na parte de baixo da circunferência, apertar o pause. Sei que não dá para ver, mas eu nunca consegui consertar a cor para que apareça os ícones.







miércoles, 9 de septiembre de 2009

09/09/09

Começou em 07/07/07. Naquela noite, estávamos todas juntas, jantando e comemorando os últimos dias de solteira da Déa, quando percebemos a data. Foi uma noite bem feliz, regada a vinho, num ambiente bem gostoso, todas as meninas da yoga juntas. 

Acho que de fato, nós pouco fizemos yoga juntas depois do nosso primeiro encontro no Ponto de Luz mas desde aquela época que a gente se curte, se respeita, se admira e mais do que tudo, que nós nos encontramos de alma. Tenho certeza que vamos caminhar juntas por muito tempo.

Combinamos de nos encontrar em 08/08/08, dia da abertura das olimpíadas na China. E novamente foi ótimo.

Esse ano, 09/09/09, reserva já feita no mesmo restaurante, infelizmente não vou poder participar. Nem a Déa que tá na Suiça. Mas vamos estar juntas em pensamento. Que é o que faço quando estou aqui, escrevendo e sentindo saudades.

Quando cheguei do centro budista, liguei e cancelei minha passagem de volta. Ia voltar para o casamento da Deia Gold e para esse encontro. Mas é que agora eu tenho novos planos. Vou ficar mais um pouco, viajar mais ainda e talvez eu volte no fim do ano.

Meninas, amigas querida, MORRO DE SAUDADES. Fica aqui o meu bem querer e o meu carinho para vcs.

Bjos, amor,  saudades e tim-tim!

Últimos dias em Ratna Ling

Último sábado,  dia de faxina. Adivinhem o que eu fiz??!!! Yes, tudo o que eu não queria. Ganhei os 2 banheiros da gráfica. Para começar, tive que perguntar onde ficava o segundo banheiro porque eu nunca usei o principal imagina o segundo. 

Mas se é para fazer, melhor fazer de uma vez, certo? E se é para fazer, melhor fazer direito. Então resolvi deixar aquele banheiro decente. Armada de todos os produtos de limpeza que achei, um monte de luva e papel descartável, limpei tudo. Esfreguei até as paredes e fiquei bem feliz com o resultado. E não é que fui elogiada? A Edna, uma brasileira que vive há vários anos lá em Odiyan passou e falou assim: deu para ver a diferença no banheiro, americano não sabe o que é faxina… Todo o meu respeito e admiração aos faxineiros, às empregadas domésticas, aos catadores de lixo, os guris de rua que vivem e enfrentam isso todo dia. 

E isso me lembrou que alguém uma vez me disse que os deuses não entendem a palavra não. Então quando for pedir, peça especificamente o que vc quer. Talvez tenha sido isso, eu ficava pensando, só não quero o banheiro. Portanto, se eles não entendem o não, ficou assim: só quero o banheiro. Hehehehehe, ok, caiu a ficha. Agora vai ser tudo bem detalhado.

No domingo, último antes de ir embora, programa de meninas lá no centrinho de Santa Rosa, maior cidade próxima. Fomos cortar cabelo, eu não ia cortar o meu, mas estava bem comprido e eu gostei do preço e do resultado do cabelo das meninas então resolvi cortar também. Almoçamos gostoso no Mary’s, uma jarra de cerveja para matar a sede e a abstnência alcóolica. Sorvete de dulce de leche da Hagen Dazz (desde a Argentina que viciei) e back home. Um dia muito gostoso!

Na ultima noite lá, terça-feira, repeti o que fiz em várias noites. Jantar no lodge, comida leftover, despedida dos amigos Andy, Zach, a Monel e principalmente, a companhia querida da Debra, que tantas risadas me fez dar e a sempre surpreendente conversa com o Mike.

Quarta de manhã, a Magda me levou até o aeroporto de São Francisco. Poxa, é longe e mesmo assim ela me levou. Tem coisa que não tem preço!  A Magda, amiga e mentora querida,  fez com que esse mês fosse o mais tranquilo possível, estava sempre lá, atenta, sempre disposta a ajudar e a responder as  mil e uma perguntas e dúvidas que eu tinha. Vou sentir muita falta das nossas conversas,  da companhia inteligente e de toda vivencia que ela tem nessa nossa sociedade de consumo e do mergulho no budismo.

E assim, cá estou eu de volta a Long Beach, cheia de livros para ler e planos para fazer. Hora de planejar a próxima parada.

 

martes, 8 de septiembre de 2009

Odiyan


Bom, antes de terminar meus posts sobre minha estada em Ratna Ling, tenho que falar um pouco de Odiyan. Lá sim é o monastério, onde vive o Riponche. Lá sim, se acorda cedo para meditar, fazem as refeições juntos, a cozinha e faxina funcionam em sistema de rodízio então todo mundo faz de tudo e se trabalha muito, meditação e estado consciente através do trabalho. O Riponche escreveu vários livros sobre isso.  Lá se faz curtos e longos retiros espirituais, ao estilo tibetano, ou seja, com muito, mas muito pouco mesmo em termos de conforto, como nós conhecemos. 

Tudo começou em 1975, quando eles adquiriram a terra. De lá, se vê o mar. E eles estão construíndo o complexo até hoje, tanto que vários voluntários vão para participar na construção. As construções estão sendo feitas para formar uma mandala, que simboliza proteção e harmonia para os seres vivos. Vários pessoas residem lá, alguns há mais de 30 anos e estão construindo tudo com recursos e conhecimentos próprios adquiridos muitas vezes na base da tentativa e erro. E pelo visto tudo tem sido muito mais na base do sucesso.

Eu não fui lá, para ir, vc tem que ser convidado. Ou ir como voluntário por um mínimo de 3 meses, depois de uma boa seleção. E lá se trabalha 6 dias e meio por semana. De Ratna Ling se pode ver os picos, mas para chegar lá tem que ir de carro, uns quinze minutos de carro, pela mesma estradinha.

Odiyan, Ratna Ling, Dharma Publishing, Yeshe De, Nyingma Institute e a Cerimônia pela Paz Mundial são todas as organizações criadas e lideradas pelo Riponche. 

Meu respeito e meu agradecimento. Namastê.

Obs: tirei a foto da internet. Espero não estar violando nenhum direito.