martes, 30 de junio de 2009

Suco delícia de mamão


Quase cai dura quando vi a reportagem da revista Saúde (maio 2009) sobre sucos. Diz que um copo de 200 ml de suco de laranja tem 240 calorias. Quem corre em esteira sabe quanto tempo tem que correr para queimar 240 calorias! E eu tomando suco de laranja todo dia. Mudei!

A mesma reportagem mostra as calorias de outros sucos como melancia (90 calorias), suco de abacaxi ou uva (70 calorias) suco de maracujá ou limão com 2 colheres de chá de açúcar (60 calorias). Bom todos esses sucos tem que coar, portanto não servem para mim porque eu bato junto com linhaça (fonte de ômega 3, para baixar colesterol). E eu é que não vou ficar batendo, coando e batendo de novo. Quero bater e beber.

Bom, mostram também que suco de laranja com mamão tem 200 calorias. Se um pedacinho de mamão já tira 40 calorias, beleza..., resolvi deixar só o mamão. E ficou uma delícia, experimentem. Eu já adotei.

1/3 de mamão formosa
4 rodelas de gengibre descascado
1 1/2 colher de sopa de linhaça
1 colher de sobremesa de mel (adoçante pra quem usa)
gotas de limão (se tiver, eu gosto de um fundo azedinho)
água

Bater tudo no liquidificador. Dá quase meio litro. Deve continuar calórico, eu sei mas ficou gostoso.

E olha só que legal, na mesma revista tem uma reportagem entitulada  "Emagrecimento: Cálcio derrrete a gordura". E o primeiro na lista? Gergelim. "Quanto mais cálcio no corpo, maior é a quebra de gorduras". Eu estou comendo para evitar osteoporose. E tem bônus extra para as gordurinhas. Bonzão!

Lula, fica quieto, por favor!

Sei que tô um pouco atrasada mas é que eu fiquei com vontade de escrever isso quando vi mas estava sem internet. 

Como a vontade não passou, resolvi por, atrasado mesmo.

O Lula tem uma história de vida linda, daquelas que viram filme emotivo e, falem o que quiserem, mas um cara que saiu da miséria, virou líder sindical e depois presidente, convenhamos, não é uma história comum.

Não que eu defenda, pelo contrário, eu não votei nele. Acho uma vergonha todos esses escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro, caixa dois, mensalão, mensalinho, espionagem, 663 sessões secretas, contas secretas (com dinheiro público), o presidente do Senado falando que o problema é do Senado e não dele (sendo que ele é senador, PRESIDENTE e a família foi bem beneficiada pelos atos)… ai tristeza total.

Mas o Lula falar que a crise no Irã é “apenas uma coisa entre flamenguista e vascaínos” e “é uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”. Não pode! Dizer que o que acontece no Irã é coisa entre torcedores já é um absurdo, até porque não se assassinam os torcedores que protestam. Dizer que 63% contra 34% é uma diferença tão grande que não pode ter fraude… ai, socorro! É exatamente por causa dessa diferença que se suspeita da fraude!!!

A imprensa mundial já falava que a presença maciça dos eleitores mostrava que seria uma disputa acirrada. Os milhões de pessoas que estão nas ruas protestando mostram que algo errado tem.  Tem região onde o Ahmadinejad havia ganhado na eleição anterior com 6% e agora ganhou com 65%, política milagrosa para mudar esses números todos sabemos que ele não fez.  Li algumas coisas também dizendo que tinha regiões onde havia mais votos que habitantes, essa info eu duvido um pouco porque não tinha nome, nem números.

Mas sera que o  Lula quis dizer que mesmo com fraude, o Ahmadijenad ganharia do mesmo jeito? Será que é assim que ele faz política? Pode roubar um pouco, levar uns agrados e contratar parentes desde que se trabalhe um pouco?

Me lembra o Maluf e o famoso slogan que ouvimos de seus eleitores “rouba mas faz”. Pergunto, você teria uma empregada doméstica em casa que te rouba mas limpa tudo direitinho?”

Tolerância zero, por favor.

Lula, de novo, fica quieto por favor. Sei que o Hugo Chávez e o maluco da Coréia do Norte saudaram a re-eleição do Ahmadinejad. Mas vc não precisa! 

lunes, 29 de junio de 2009

Estruturas humanas

Na Espanha sempre me perguntavam quantas línguas eu falo, sempre respondi que falo português, inglês e aprendendo espanhol. Bem nessa ordem. E todo mundo me pergunta se eu falo chinês, aliás aqui no Brasil também me perguntam e a pergunta tem fundamento pois sou filha de chineses, a chamada primeira geração, ou seja, nascida aqui,  meus pais vieram adultos. Falo em chinês com meus pais, mas tenho resistência em dizer que falo a língua, porque não falo mandarim, a língual oficial e sim um dialeto que, segundo meu primo, é um dialeto caipira e pouquíssimo conhecido. E meu chinês é todo misturado com português. Porque minha mãe nunca aprendeu muito português então costuma colocar as poucas palavras que conhece. E hoje, até entendo isso melhor, vc acaba usando palavras da língua que são mais fáceis ou que expressam melhor aquilo que vc quer dizer. E essa mistureba que uso sempre foi motivo de riso para quem me ouvia falar com eles, porque ninguém entende nada no início mas ai, no meio, o povo vai pescando as palavras em português que  mostram direitinho o que eu to falando.

Mas minha resistência também vem do fato que se me largarem na China, eu não me viro em chines. Já testei. E também porque quando falo com os meus pais, não tenho vocabulário para algumas palavras e comprovei isso recentemente.

Minha mãe se preocupa comigo o que eu diria é normal numa mãe. Ela se preocupa porque eu não tenho filhos, não tenho marido e não tenho emprego.

Parece bem coerente essa preocupação né? Da última vez que ela me falou isso, respondi em português que ela não deveria se preocupar porque eu estou feliz.

E para quantas pessoas, além da minha mãe, eu pareço problemática por não ter filhos, marido e trabalho? Nunca havia pensado nisso até ouvir um comentário nessa linha.  E parei para refletir. Realmente, os pilares da sociedade e da vida humana são família e trabalho, entendo isso perfeitamente porque claro que família é bom e trabalhar é necessário e se for produtivamente, fazendo o que se gosta e ganhando dinheiro, é sonho de consumo de todo mundo né?

Então vamos lá. Filhos. Poxa, adoro pegar aqueles bebês fofos no colo e entendo e sinto um pouco do chamado amor incondicional. Como não gostar dessas coisas fofas, lindas e cheirosas? Mas eu tenho 9 sobrinhos, cresci com eles, cuidei de alguns quando era mais nova (acho que é daí o meu jeitinho com crianças) e sei também o quanto criança dá trabalho e necessita de atenção constante. Não tenho a menor ilusão nessa parte. Tenho uma irmã querida que optou por não ter filhos, tenho amigas que optaram em não ter filhos e entendo perfeitamente. Eu não fiz essa opção. Sempre achei que tem uma ordem natural, primeiro namorado, depois marido e ai, sim pai. Simplesmente não cheguei nessa terceira fase. Caem drasticamente as minhas chances de ter filhos? Sim, despenca. Fico triste ou preocupada? Não. 

Quando eu estava andando em Madrid, em direção ao metro gostava de cortar caminho num terreno grande onde estão construindo um dos grandes centros olimpicos (Madrid está no páreo para 2016). E ali, durante o inverno, era uma terra seca e árida. Quando chegou a primavera, vi aquilo explodir em flores, quase de um dia para o outro, surgiam milhares de novas flores e aquilo me espantava, como num meio de um monte de areia, num terreno cheio de pedras, podia surgir tanta flor linda? E me veio a certeza que a mãe natureza faz milagres e que a vida tem uma força muito grande para acontecer. Se tiver que ser, a mãe natureza vai mostrar a sua força. E se não, tem a mão da ciência. E se nem assim der certo, talvez eu adote essas meninas chinesas fofas, de olhos rasgados, abandonadas pelo sua condição de mulheres. Acredito plenamente que amor vem do coração. E se não der vontade, também vou viver bem sem.

Marido. Quero sim! Adoooorrrroooo! E namoro até descobrir se me faz feliz. Se tenho uma vida boa sozinha, porque não teria acompanhada? Então não tenho pressa nenhuma em passar para esse estágio. Até porque acho uma delícia namorar. Uma convicção eu tenho, sozinha eu não fico.  Acredito que o ser humano nasceu para amar. E eu não tenho medo de amar. Nem de quebrar a cara. Nem de levantar. Nem de partir para o próximo. Dói, doi muito, aliás nunca entendi porque essa dor é tão forte. Mas não importa se a bunda caiu, se as rugas aparecem, se os anos vão passando, de novo, acredito que amor vem do coração. E ele vem sempre que o coração estiver aberto para ele.

Trabalho. Eu trabalhei desde menina. E trabalhei duro em todas as empresas enormes por onde passei. Para mim, é um luxo não trabalhar. LUXO. É duro não ter dinheiro entrando? É, é muito. Mas eu parei por opção, trabalhei para isso. Vou ter que voltar? É claro que sim. Mas com mais clareza, com mais tranquilidade. Lá na frente. E tô me preparando para isso. Antes de sair, fui falar com um consultor de carreiras, um cara sensacional, o Saulo Lerner. Ele me perguntou o que eu faço bem. Respondi que posso fazer muitas coisas bem, é uma questão de esforço. Coitado, quase me bateu para me fazer entender.  Mas entendi o que ele me disse. Ele me perguntou  o que faço naturalmente bem. E me deu um exemplo. Vc escreve com a mão direita, certo? Sim. Se vc se esforçar e treinar bastante, também vai escrever com a esquerda certo? Sim. Mas nunca com a fluência e tranquilidade com que vc naturamente escreve com a direita. Hum, entendi. E é isso que vc faz bem que vai te trazer satisfação! Eu procuro isso hoje, converso, testo, faço cursos, to no caminho.  Me dei o tempo para achar isso.

Minha amiga querida, Marise, usa a expressão ET. Acho uma boa expressão para as pessoas diferentes, para as minorias, mas sei lá, nunca tinha pensando nela para mim porque me sinto bem, tranquila e feliz. Mas se é assim que algumas pessoas me vêem porque não tenho as estruturas básicas, aceito. Apesar desse texto todo, não me importa o que os outros pensam de mim. Escrevo tudo isso porque gostaria que as pessoas entendessem que ter família e trabalho não é nenhum modelo de felicidade se não tiver como fundamento o amor. 

Creio que o que importa não é o que temos, mas sim o que sentimos. Creio que o importante é a pergunta "você é feliz?". Sim, sou. Sem mais, sem porém. E isso, é um exercício diário e como tudo na vida, requer esforço. 

No fundo, só gostaria que minha mãezinha querida entendesse também e não ficasse triste.  Mesmo que dito em português, infelizmente. E é nessas horas, que descobro não falamos a mesma língua.

 

sábado, 27 de junio de 2009

Yoga e amizade


Tem uma coisa fundamental na vida, os amigos.  Aprendi que amizade é troca, conforto e alimentação.  Porque o ser humano precisa ser alimentado no sentido fisiológico mas também no sentido espiritual  e emocional. 

E os meus amigos são a minha riqueza. Quantas noites, quantos cafés, quantas viagens, quantos almoços, jantares… ou seja, quantos momentos da minha vida eu compartilhei e vivi com eles. Fico feliz que vários me acompanham ao longo dos anos, num exercício bonito de dividir, no sentido de compartilhar e, principalmente de nutrir.

Essa semana não foi diferente, passei uma semana bem gostosa. Ganhei da minha mais que querida Lilica um passe de uma semana na Cia Athletica, a academia que eu frequentava e de onde veio todas as queridas amigas da yoga.  Ela trabalha lá, faz daquilo a  casa dela, com amor, com dedicação e principalmente com alegria que é a marca dessa minha amiga querida. Precisar? Não, ela não precisava fazer isso, mas o fez, de pessoa querida que é.

E ai eu fui, para aproveitar as aulas de yoga. E logo na segunda-feira, me ligou a Marise, amiga companheira de pensamentos filosóficos, dizendo que vinha me pegar para irmos juntas porque era caminho para ela.

Ok, se é caminho eu aceito. Mas me trazer de volta de jeito nenhum porque eu sei que não é caminho. E ela no tom fofo autoritário dela, me disse, “me deixa te levar?”  Bom, se é assim tudo bem.  E ai ela falou que me pegava no dia seguinte.  Ah, não, assim eu sei que já to abusando, não precisa mesmo. E ai a gente ouve aquelas coisas que são quase como lição de vida. “Você sabe que para amar é preciso se deixar amar?

Saber aceitar um presente, um carinho, um abraço,uma palavra, uma comida, um doce enfim aceitar algo, assim como quem dá, também é um exercício de amor. E forma a dinâmica justa da vida, de dar e receber.

A Ma me deu carona TODOS os dias, e além de toda a yoga que fizemos, fomos almoçar, tomar café, ver lojinha. Compartimos juntas essa semana.

E eu até aproveitei para fazer spinning, que eu adoro. E cheguei a conclusão que o spinning foi a “droga”que me amortizou nos tempos de trabalho duro. Saio zeradinha!!!

Fechamos a semana juntas, jantando gostoso. Tem uma sopa árabe maravilhosa, chamada heríce, ali no Farabbud (Al Anapurus, 1253 ). Já achei a receita na internet e to pronta para testar. Aguardem.

Namastê, queridas!

PS: obrigada também aos 3 As da Cia Athletica, o André, a Andréa e a Adriana pelas aulas, que foram, sem dúvidas, ótimas.

viernes, 26 de junio de 2009

Adiós Buenos Aires


Buenos Aires não tem muito o que falar, é chegar e passar em algum quiosque de turismo e pedir um mapa e um guia. O guia te dá todas as opções de passeio por Palermo, Florida, Puero Madero, Recoleta, Retiro, San Telmo... É caminhar, como se faz na Europa, fazer compras porque o peso argentino está barato para nós e comer maravilhosamente bem. 

Nos cafés que existem aos montes, tomar café com media lunas (um pãozinho doce, em forma de croissant pequeno). Parar sempre nas sorveterias, não sou muito de tomar sorvete mas lá eu tomei todos os dias e sinto falta! Lá é costume, mesmo no inverno se toma muito, inclusive saímos para jantar e para finalizar a noite passamos numa sorveteria que estava cheia! Tomem de doce de leite. Apesar de que eu gosto mesmo é de limão! E azevedo, please!  Para almoçar, aproveitar os menus do dia que são bem completos e comer super bem e barato. Se deliciar com a carne argentina que, com certeza, é a melhor do mundo.  

Comprar muito doce de leite, aliás, tudo que é de vaquinha lá é bom, o leite tem gosto bom, o iogurte é do jeito que eu gosto (duro!). E claro, os famosos alfajours.  Esses eu não como muito porque acho muito doce então não experimentei e acabei trazendo Havana mesmo, eu trouxe várias caixas e ainda faltou, errei na conta. Mas doce de leite eu comprei o que o argentino compra, lá no supermercado tem prateleiras lotadas, o La Serenísima baratinho e delicioso.

E eu ganhei presentinhos, kit completo para esse frio, blusa verde (apesar da Clau jurar que me deu uma blusa marron), chás maravilhosos Inti Zen e o livro Star Trek Sarek (conta a história do pai do Spock)!!! Já devorei! Obrigada, Clau.

Aprendi uma coisa também, depois de duas semanas em Buenos Aires, que argentino adora brasileiro. Encontrei várias pessoas que começavam a falar em português comigo, porque já vieram para cá várias vezes, adoram tudo aqui. Falam com maior carinho e admiração dos brasileiros e do Brasil. 

Adorei, foi muito bom passar esses dias lá e agradeço de coração, o carinho e a hospitalidade dos Chechiks.

jueves, 25 de junio de 2009

Locro


Bom, eu já tinha falado que quando cheguei lá em Buenos Aires, fui logo apresentada ao Locro (sim, locro!!! eu tinha escrito chocro no outro posting). E depois fomos novamente apreciá-lo, dessa vez num restaurante mais moderno chamado Las Cholas (Calle Arce 306, Las Canitas). Fomos no almoço estava tranquilo, mas acho que é porque a rua estava interditada, estão consertando a rua e tivemos que andar um quarteirão. O lugar enche, havíamos passado numa outra unidade a noite e estava lotado. Também comida boa, típica (também tem parrilla, carne, empanadas...) e barata com gente bonita, tem que encher mesmo.

Esse locro que comemos era mais gostoso, tinha menos carnes estranhas e mais milho e linguiça e um molho de pimenta que eles colocam dentro que fica maravilhoso! 

E da nossa paixão pelo locro, resolvemos fazer na casa da Clau. E descobrimos que é fácil fazer, dá para usar a criatividade e comer uma sopa quente, forte e maravilhosa para esse inverno que bate.

Minha irmã mais velha foi operada, tiraram a vesícula dela. E eu resolvi visitá-la e levei todos os ingredientes para um belo locro brasileiro. Sucesso total. Deu vários potes para o congelador para ser tomada ao longo da convalescência dela.

Eu geralmente gosto de pôr a receita no original mas lembro que a que tínhamos em Buenos Aires era muito cheia de coisas estranhas então nem vale a pena. Coloco aqui a abrasileirada:

Locro:

300 g de feijão branco (por de molho na véspera)
200 g canjica (por de molho na véspera)
300 g de milho (o congelado)
250 g de carne seca (por de molho na véspera) em cubos, ou desfiar depois de cozida
250 g de carne (patinho, coxão mole) em cubos 
100 g de bacon em cubos
200 g de abóbora (comprada cortada e limpa no supermercado) a mais laranjinha
1 linguiça calabreza defumada cortada em rodelas
3 dentes de alho picados

Molho apimentado
1 cebola picada
1 colher de sobremesa de pimenta calabreza (uma em graos grandes) seca
sal e óleo para refogar


Cozinhar em panela de pressão o feijão branco, a canjica e a carne seca até amolecer. Continuar cozinhando, sem pressão, adicionando a carne, o bacon, a abóbora, a calabreza e o alho. A receita original diz para colocar tudo junto. Eu nao resisti e numa panela separada eu fritei o alho, o bacon, a calabreza, a abóbora e só ai eu juntei com o resto. Em outra panela porque já não cabia na panela de pressão. Achei que ficou mais saboroso. Cozinhar tudo até ficar um sopão, acertar o sal. Tem que ir adicionando bastante água ao longo do cozimento, vale deixar uma panela com água fervendo do lado. Quando estiver quase pronta, colocar o milho que já vem cozido então é só para pegar o gosto mesmo (tipo uns 10 minutos antes de desligar).

Separado, frite a cebola no óleo quente, adicione uma pitada de sal e a pimenta calabreza. Se tiver um pouco de alguma outra pimenta líquida (tipo Tabasco), adicione uma gotas. Ou aquela pimenta malagueta picadinha.

Sirva a sopa com uma colher dessa cebola apimentada.


Bom apetite!!

Mana querida, que vc se recupere rapidamente!


martes, 23 de junio de 2009

Tigre - Provincia de Buenos Aires


Tigre é onde a Clau tá morando. E faz parte do circuito turístico de quem vem com mais tempo para Argentina, porque é uma cidade "chuchu", linda, a beira do delta do Rio Paraná e que se chega de trem, que sai da estação do Retiro,  ali ao lado do prédio do Sheraton e do prédio da IBM. Distante cerca de 30 km do centro de Buenos Aires. Vale passar um dia inteiro lá, passeando, almoçando, tomando café, sorvete e passeando mais.

É uma hora de trem (destino final é Tigre mesmo) e vale a viagem, aliás é o trem que o portenho usa. Trabalha no centro e mora nos subúrbios, vai de trem. Apesar de ser um trem meio antiguo ele funciona bem e dá para ver muita gente bem vestida, saindo do trabalho e indo para casa.

E como todo transporte em Buenos Aires, custa tão barato, $1,35 pesos! E vc vai vendo os bairros, cheios de casas, cafés e lojinhas. 

Chegando na estação de Tigre, tem o passeio ao longo do rio, onde se vai caminhando calmamente vendo um rio enorme, cheio de barcos passando (também se pode fazer passeios de barco) e no final, tem um museu lindo!

Outra atração da cidade, seguindo em direção ao centro (oposto ao caminho para o museu), é o Mercado de Frutos (Puerto de Frutos). É um grande mercado, cheio de lojas de artesanato, comidas e frutas além de uma ala nova com lojas bem modernas.

Olha só, acabo de ler na internet que esse delta onde fica Tigre é o único no mundo que deságua num rio, no caso o Rio de La Prata, todos os outros desaguam no mar.

Blog é cultura!

viernes, 19 de junio de 2009

Saúde em dia

De volta em Sampa, muita foto para por, muita história para contar e eu sem internet!

Portanto, vai ser um tempo de poucos postings nesse blog. Mas quero aproveitar que to nesse café delícia aqui pertinho de casa e por algumas notícias. 

Saíram os resultados dos meus exames. Colesterol baixo! Aleluia!! Acho que é uma soma de fatores, porque parei com os exageros.. Diminui queijo que eu amo, diminui fritura que não me faz falta no dia a dia, mas significa cortar o pastel de feira (só comi um desde que voltei pro Brasil) e os bolinhos de bacalhau e coxinha do boteco. Feijoada todo sábado, nem pensar mais, fui uma vez só tambem. Diminui mortadela, carne gorda, tipo cupim e linguiça... Enfim, controlo as coisas "gordas".

Mas o que eu acho que me ajudou bastante foram: faço um café da manhã gostoso, adoro sucos então faço um todo dia: de laranja, de tangerina, de maracujá, aquelas vitaminas com abacate, mamão, banana e maçã. E ponho cenoura, couve e beterraba, o que tiver. E sempre com semente de linhaça. Bato tudo no liquidificador. E no pão adotei o queijo cottage (faço de conta que não vejo a cara de vômito que ele tem) e ponho um montão de gergelim que adoro. E sento no sol para tomar meu café da manhã. Delícia.

Glicemia baixa! Aleluia! Tinha dado no limite, e ai eu não fiz nada, acho que só o exercício constante mesmo. Faço de 2 a 3 vezes por semana. Mas to sempre andando, faço tudo a pé ultimamente. Afinal, a família inteira é diabética, tenho que manter um certo ritmo.

E todos os outros exames normais. Fiz teste de hepatites, todas. A médica acha importante vacinar contra. Vou fazer, acho importante também, faz tempo que queria fazer isso e agora é uma boa oportunidade.

Portanto, tudo zeradinho. Só posso agradecer. Aliás, voltei agora de Buenos Aires e a Clau e Natashinha estão com uma variação de pneumonia (será que é a nossa broncopneumonia? sei lá). Até agora, eu não tenho sintoma nenhum. E olha que fui com elas na Guardia (uma clínica médica) e tava todo mundo doente! E a Clau abrindo toda janela que encontrava na frente! E com aquele jeito de italiana que ficou mais forte na Argentina, dizendo: "que absurdo, tudo fechado, que ignorância!!!"

Peguei o pior inverno dos últimos anos na Europa, andei muito de metrô com todo mundo espirrando e nada também. O Manu ficou doente mas tb não peguei dele. Na verdade, faz muito tempo que não fico resfriada, anos, bota ano aí. As vezes fico com um pouco de tosse, corro e compro Resprin. Tomo dois e fico ótima.

Segundo meu ex médico homeopata, isso de não ficar doente é muito preocupante porque eu acumulo tudo. Ficar doente significa liberar toxinas e são pedidos de ajuda do corpo. Ah nem lembro mais direto o que ele falou, faz muito tempo. Mas na época fiquei bem preocupada. Principalmente quando uns anos depois eu tive endometriose. 

Hoje prefiro pensar que tenho boa saúde. Graças a Deus! 

Clau, melhora logo, please! To aqui torcendo e rezando, por vc e pela Natusha.

lunes, 8 de junio de 2009

San Telmo



Sábado a noite: vamos a um “arremate” de fotos? De uns amigos do Oli. A princípio não entendi. Um leilão de fotos??!! Nunca fui, claro que topo. Em San Telmo, o bairro bôemio daqui.

Chegamos e o lugar já estava lotado, o que também não era difícil porque é uma loja pequena, com um estúdio em cima onde os 3 artistas trabalham. São fotógrafos, pintores, desenhistas e webdesigners. Assim, no plural mesmo. Depois, conversando com eles, vejo que os artistas já se pluralizaram para ganhar a vida, fazem de tudo! Também são cantores, músicos, escultores...

Os do mundo corporativo também vão ter que aprender isso. Ninguém mais vai ter um emprego só na vida, ninguém mais vai trabalhar numa area só, sobre o sério risco de não ter “jogo de cintura” e portanto perder oportunidades. Assim como as relações pessoais são mais efêmeras, as corporativas também o serão. Be prepared! Meu sobrinho Lucas vai prestar psicologia. Meu conselho para ele foi para começar a escrever (artigos, textos e livros) e procurar fazer palestras. Só de consultório eu duvido que se consiga uma boa renda. E de certa forma, tudo se complementa para torna-lo um profissional melhor e reconhecido.

Bom, mas a noite foi muito boa. Primeiro porque achei a idéia genial. O dono do “boteco” se chama Hernán Reig, um artista inteligente que saiu da idéia de um simples leilão e fez um evento. Primeiro: vinho, queijo, pão, azeitonas e patês a vontade. Segundo: músicos convidados que fizeram um show (e tinham seus cds para vender). Terceiro: uma atriz contratada para “bater o martelo”, muito rápida e inteligente que fez todo mundo rir muito. Quarto: amigos, muitos amigos que trouxeram os seus amigos. Resultado: uma noite agradável, cheia de gente amiga e diferente, música, show, risos e um leilão onde vc se sente super propício a comprar.

Eu comprei um quadrinho, uma gravura chamada Estar en La Luna, da Julia Vallejo . Adoro a lua. O “estúdio, galeria, loja” se chama Pan Francês.

Depois que terminou, fomos todos jantar ali perto, cheguei em casa as 4:00 da manhã. Antes deixamos um amigo do Oli na casa dele que é ao lado da casa da presidenta Cristina Kirchner, em Olivos, uma cidade próxima, os chamados subúrbios. O Felipe era outro maluco que estava lá, alias amigo do Oli desde que nasceram, pelo jeito. Nasceram no mesmo dia e ano, estudaram juntos no jardim, pré e colégio e até hoje são amigos.

O Felipe morou no Brasil por seis anos, fala português perfeitamente, e depois morou 4 anos na Inglaterra. É escritor e antes disso disseram que foi um bom jogador de rugby da seleção argentina mas teve que abandonar por causa de uma lesão. Foi para Inglaterra acompanhando uma trupe de teatro.

Em alguma altura da noite me perguntou da minha família, como eles vieram parar no Brasil, contei rapidamente e ele me disse que a minha vida dava um livro. Achei legal, nunca tinha pensado nisso. Depois que o Oli me falou que ele era escritor. E ai achei a idéia mais legal ainda porque afinal o cara entende do “babado”.

E ai o Felipe contou que foi contratado pelo presidente do Citibank para escrever um livro sobre a vida dele. Mas que por mais que ele tentasse, a vida do cara era absolutamente normal, cara de família classe media alta, que frequentou boas escolas e fez carreira. E que a parte mais divertida da vida do cara não se podia escrever porque ele é casado.

O pirado (eles adoraram essa palavra) do Felipe veio de bicicleta, numa noite congelante. Claro que levamos o cara e a bicicleta mas foi uma ginástica. Primeiro para fazer caber uma bicicleta antiga, enorme e que nao desmonta. Segundo para ele sentar no pouco espaço que sobrou. E era tão pouco espaço que o pobre pediu duas vezes para pararmos . Na terceira, fiquei com dó e ofereci de sentarmos juntos na frente. Voltamos como 3 sardinhas na frente. Cinto de segurança??!! Polícia??!! Mudar de marchar??? Ai, nem quis pensar.

E na manhã seguinte, feira de Sant Telmo de domingo, para fechar o bairro! Feirinha tipo Benedito Calixto mas bem maior, cheia de artistas fazendo show de tango, cantando, dançando. Comida, feira de antiguidades, artesanato

sábado, 6 de junio de 2009

Bienvenida a Buenos Aires


Olha eu aqui em Buenos Aires! E o Ma (Marcelo), a Clau (Claudia) e o Oli (Alejandro).

E como o mundo anda pequeno! A Clau estudou comigo na GV, conheceu o Ma em Miami, tiveram os filhos no Brasil e agora moram na Argentina. Eu conheci o Oli no Brasil quando ele foi visitar o Ma. E encontrei com ele em Madri porque agora ele mora em Barcelona e tinha uma reunião de trabalho.

Ele está morando com a namorada em Barcelona e voltou para tirar um visto. Como eu! Portanto um encontro entre bons amigos, com típica comida argentina. 

Comemos empanadas (delícia) e chocro. Chocro é um típico prato argentino (e peruano também) feito a base de feijão branco, milho (parece canjica) e carnes, tudo cozido junto e comido como se fosse uma sopa substanciosa, bom para esquentar no frio. Bom demais!

Comemos ali no El Sanjuanino (Calle Posadas 1515 quase esquina com Callao). E eu adorei o slogan deles, impresso no cardápio e no papel da mesa: "Comer es un acto biológico, comer en El Sanjuanino es un acto cultural" de un visitante mexicano. 

Comer sempre deve ser um ato cultural, social e de agradecimento a natureza e aos deuses.