viernes, 29 de mayo de 2009

Dicas para tirar passaporte

Nao tem jeito, tem que entrar no site da polícia federal, ver a relação dos documentos, preencher o formulário, imprimir e pagar a guia de recolhimento e marcar na polícia federal para entregar os documentos. Mas...

1) Eu preenchi o meu normalmente. Fui fazer para a minha irmã e não aceitou de jeito nenhum a data do RG dela. Liguei para o telefone que consta no site e me disseram para não entrar no site da receita via Google e sim digitar o endereço no seu navegador. Ok, tentei dessa forma mas também não deu certo. O bom foi que ela disse que dá para não preencher o RG e na hora de entregar a documentação eles preenchem lá. E assim foi, sem a informação do RG.

2) Eu moro do lado do Shopping Ibirapuera, queria marcar na polícia federal de lá. Nenhum horário disponível. Conforme orientação do site, fui para o próximo local, Shopping Eldorado, nada. Fui para o próximo, Lapa e consegui marcar para daqui há uma semana. Mas fiquei inconformada de ter que ir até lá. Como fui comprar um presente no shopping Ibirapuera, resolvi passar na polícia federal e perguntar. Ela me disse que as 18:00 liberam-se horários. Beleza! 18:00, eu na frente do computador. E não é que é verdade? Todos os horários do dia seguinte livres! e outras datas também!

Resumo: formulário preenchido, guia impressa e paga na segunda. Horário marcado para terça. Quinta recebo email dizendo que está pronto. Sexta, hoje, está na minhas mãos. Tudo feito aqui no Shopping, do ladinho de casa, fui andando.

Fiz o mesmo para a minha irmã, na receita de Campinas. Tudo rapidinho.

Hope it helps.

jueves, 28 de mayo de 2009

Um bom encontro


Sábado, dia 23 de maio, foi dia de juntar as amigas iogues de coração. Nem todas puderam ir, sentimos falta mas mesmo assim foi bom demais. E em vez de ficar descrevendo, achei que seria legal colocar o que cada uma escreveu sobre esse encontro, um dos nossos sempre, bons encontros.

"De querida, muito obrigada pelo jantar. Delicioso! Tudo perfeito. E obrigada as amigas queridas que fizeram desse jantar uma noite ótima. Seguem as fotos. Até o fim da semana eu ponho no blog.
PS: Queremos receita da salada maravilhosa da Suzana!" Judit

"Sobre o jantar, de fato,"perfeito", é o adjetivo que mais combina.
Um verdadeiro festival de sabores. As guloseimas da Ju e Ma, precisaram ser repetidas. A Dê surpreendeu por sua criatividade e coragem de "brincar" com os temperos. A combinação das especiarias (que só ela sabe quantas) deu um sabor exótico e ao mesmo tempo equilibrado ao bacalhau. Já a Suzana preparou uma salada que, babem, inimaginável ! Isso tudo sem falar da hospitalidade da família Retamero que deixou um gostinho de quero mais.
Madame Dê, leu algumas cartas para as amigas presentes, como cortesia. Infelizmente, quem não estava presente, terá de marcar consulta (prepara a grana porque ela não cobra em Real. É que o Tarô dela além de ser importado da Espanha, é energizado).
Manda a receita aê Suzana !" Lilica

" Estava tudo muito bom mesmo!!!!!!!!!!!!! A Denise é uma ótima anfitriã e a Dna. Zenaide sempre atenciosa com a gente. Agradeça a ela também por nós todas e diga que estamos enviando um gr
ande beijo! Bjs" Marise

"Mas o jantar estava, mesmo, muiiitttoo legal!! É sempre um prazer pra mim receber minhas amigas em casa!!!!!!!!!!!!!!!
Combinamos amizade, carinho, comidinhas, vinho 
e.......tarot!!!!!! Estas são as verdadeiras "especiarias" do encontro.......
A casa está sempre aberta pra vocês!!!!!!!!!!! Quando quiserem, é só avisar e ir chegando......
Su, mande a receitinha da salada.........
Beijokas!!!" Denise

Hehehe, como vcs podem ver, a salada da Suzana fez sucesso. Então acho que é obrigatório por as receitas maravilhosas que rolaram nesse jantar:

1) Bacalhau á Jamie Olivier, vídeo. 

De uma receita de Fish Pie (Torta de Peixe) a Dê inovou, trocou por lascas de bacalhau (comprado ali no Natural da Terra), colocou ervas de Provence e ficou melhor do que o original, mais saboroso e mais bonito!




2) Salada de repolho e gergelim crocante
(infelizmente, receita só no próximo posting)











3) Doce de maçã com farofa crocante  (Marise):
   (05 A 06 porções)
 
Primeira parte:
 

- 05 maçãs (fuji ou verde) 
- 01 limão espremido (para as maçãs não escurecerem)
- canela em pó a gosto
- 05 colheres de sopa rasas de açúcar
Descascar e fatiar as maçãs no suco de limão.
Dividir em duas partes iguais.
Arrumar uma das partes em um pirex e polvilhar o açúcar misturado com a canela.Arrumar a outra parte das maçãs por cima.
 
Cobertura: 
- meia xícara de chá de açúcar
- 120 grs. de manteiga com sal (temperatura ambiente)
- 01 xícara de chá de farinha de trigo- meia xícara de chá de nozes (ou amêndoas ou castanhas) picadas
- 01 colher de chá de canela em pó

 Misturar com uma colher até formar uma farofa úmida.
Colocar por cima das maçãs e cobrir com papel alumínio.
Levar ao forno médio por uns quinze minutos e depois retirar o papel para deixar corar um pouco.
Deixar no forno até as maçãs estarem cozidas.
Servir quente com sorvete de creme.


As meninas, quase ronronando depois de tanto comer e beber, de rir e de ouvir sábias palavras do neo tarot do Osho.


Eu já estava dormindo na mesa, 1:30 da manhã, 6:30 na Espanha... ainda estava no fuso de lá.
Delícia. Estar entre pessoas que se querem bem, acima de tudo. No fundo, é isso que importa.
Obrigada, amigas.

lunes, 25 de mayo de 2009

De Paula para Judit


"CARTA DE PAULA (te escribo exactamente lo que ha escrito ella)

20 miércoles de mayo 2009

De Paula para Judit.

Hola Judit, lo siento por estar tanto tiempo sin escribirte, es que no tenía internet, y ahora tampoco, lo que estoy haciendo para enviarte es copiarlo en una hoja y mamá me lo copia en el ordenador y el dibujo que te voy a mandar, me lo pasa por un chisme para que lo puedas ver, y a partir de hoy te voy a mandar un e-mail y casi siempre va a tener un dibujo y los dibujos casi siempre no van a ser de lo que escribo. ¿como estás? yo bien, pero te echamos muchísimo de menos, te quiero mucho Judit. Antes de ayer fuí con el colegio a una granja e hicimos equipos, vi muchos animales y me lo pasé muy bien, yo era del equipo de las "......" (no se lo que pone)

Adios, un beso

Paula,"

A mãe da Paula, Rocio, me enviou. Paula é a sobrinha do Manu. TEM 6 ANOS!
Essas crianças de hoje em dia me chocam, são muito desenvolvidas, espertas, rápidas. E essa garotinha... ah, tudo isso e mais. Ela me emociona.

PS: melhorei o visual do texto.


sábado, 23 de mayo de 2009

Who are our heroes? Quem são os nossos heróis?

Tá com um tempinho? Se não tiver deixa para depois. Precisa de mais de 20 minutos e muita paciência porque o vídeo vai carregando enquanto roda, eu tentei com legenda em português e depois mudei para inglês para ver se melhorava e nada. Mas eu adorei cada palavra que ouvi.

O vídeo é uma apresentação do psicólogo americano Barry Schwartz, num site chamado TED (tecnologia, entretenimento e design), Ideas Worth Spreading (idéias que valem a pena espalhar). O apresentador busca entender a vida moderna, analisando a relação entre a economia e psicologia humana. A apresentação chama-se "our loss of wisdom" (nossa perda de sabedoria). Poxa, achei genial. Vejam se puderem.

Texto inteligente, que faz pensar. Eu leio muita coisa, sempre fico procurando algo inspirador e enquanto eu ia ouvindo o texto pensei em tanta coisa. Bom demais e agradeço ao Sergio Russo (segunda menção nesse blog!) por ter escrito um texto ótimo resumindo o vídeo entitulado: "Como melhorar o mundo".

Eu não quero repetir o vídeo, ou falar o que o texto do Russo já fala. Quero só colocar algumas coisas que vieram na minha cabeça enquanto ia vendo o vídeo.

Quando ele fala dos bônus e incentivos, e claro que todo mundo gosta de receber um, não pude deixar de pensar na IBM onde trabalhei por tanto tempo. O modelo lá (e em todas as grandes empresas e bancos do mundo) é que o time de vendas é comissionado. Qto mais vende, mais ganha porque tem os famosos aceleradores. Funciona? Funciona. Mas aquilo sempre me incomodou. Sempre achei o modelo estranho porque achava eles mais voltados aos interesses (do cliente e do bolso) do que interessados em fazer o certo, exatamente como diz o vídeo. O certo para o negócio da empresa no curto e no longo prazo. Um dia um cara pôs o dedo no meu nariz e disse que íamos perder a proposta por minha causa, na época eu era responsável pela área de preços e planejamento dessa unidade. Nesse dia, achei que tinha algo muito errado. Primeiro pela postura e segundo...não era paga para dizer sim ou não de acordo com as regras, era paga para achar soluções, fazer o melhor para a empresa, e era isso que eu estava tentando fazer. Mas o fulano era pago para vender. E foi isso que ele comprovou ao dizer algo tão... indelicado. Para ser delicada.

Menos regras, menos incentivos e mais pessoas sábias buscando fazer o que é certo. E precisamos de modelos, de heróis morais que fazem o que é certo, para criar pessoas sábias. E fiquei pensando quem são os heróis de hoje: a turma do Big Brother, gente bonita e vazia fazendo nada; jogadores de futebol que mal foram para a escola, com seus carrões e suas mulheres modelos, cantores e artistas caindo de tão bêbados ou morrendo de overdose. É tá bem difícil, mas concordo plenamente.

Valorizar quem faz o que é certo, da maneira certa, na hora certa. Reforçar os valores morais de honestidade, coragem, gentileza... para criar cidadões melhores.

Tem muito pai se matando de trabalhar para pagar uma boa escola para seus filhos. Educação é o que podemos deixar para nossos filhos, ouço isso direto, acho louvável. Mas tem pai que nem vê o filho. E eu tenho visto cada peste por aí, que dá até medo. Meu pai teve 6 filhos, trabalhava 364 dias por ano (não abria a pastelaria no Ano Novo), 14 horas por dia, trabalhava para dar um teto e comida para a gente. Meu pai me ensinou os valores, o que é certo e o que é errado, o valor do estudo e do trabalho. Devo o que sou a isso. Obrigada, pai.

Sei, ficou louco esse posting. Mas foi só uma pequena parte do que passou na minha cabeça. Eu pirei com o vídeo. Assistam.

PS: corrigi o vídeo, colocando-o com legendas em português

viernes, 22 de mayo de 2009

Jornada nas Estrelas - Star Trek

Fui ver Star Trek. Amo isso. É minha infância e adolescência. Star trek, Get Smart e os comics do X Men, todos eles foram parceiros constantes, portanto eu assisto todos os filmes que saem. 

Para quem gosta, eu acho imperdível. Eu amei o filme, tem todos os personagens super bem caracterizados e mostra eles jovens, estrelando a US Enterprise, tem a genialidade do Capitão Kirk, que era um delinquente e mulherengo, o primeiro oficial Sr Spock, impetuoso e portanto quase humano, a tenente Uhura que é um mulherão, o Dr Mccoy, com seu humor ácido, o Chekov com seu sotaque e genialidade teórica divertem, o Sulu aparece fofo, guerreiro esgrimista e claro o engenheiro chefe Scotty com suas soluções mirabolantes.

É um filme de ação e suspense. Eu ri e quase chorei também. Afinal humanizaram o Spock, puseram conflitos, ataques, desafios. O diretor é o cara do Lost e do Missão Impossível, JJ Abrams.

Bom demais ouvir: "ir aonde nenhum homem jamais esteve", "vida longa e próspera".

Ah, adoro. E claro, assisti como naquela época. Sessão da tarde no cinema. Pasmem, tinha eu e a Suzana no cinema. Quem é a Suzana? Sei lá. Só tinha eu e ela no cinema e começamos a conversar. Pequenos prazeres da vida. Se não fosse por ela, acho que teria ficado com medo. Já pensou? Assistir um filme num cinema sozinha???!!! Sessão Private? Melhor não.


Quem não chora não mama

Ditadinho feio mas é por aí mesmo. Bom, estando aqui no Brasil tenho que aproveitar para fazer tudo desde médicos até papeladas, burocracias... Comecei por fechar a conta bancária que me abriram quando entrei na Abril.

Em abril quando vi que tinha que mandar o imposto de renda, lembrei dessa conta. E vi que me debitaram R$ 38,00 por mês, nos últimos 3 meses. Com certeza deve ser para manutenção e o pacote de produtos e serviços do banco. Na hora fiquei bem puta mas fazer o que, deixei para resolver aqui.

Bom, liguei lá, o gerente da conta estava de férias, mas a menina que me ajudou foi bem atenciosa. Expliquei que queria fechar a conta. E aproveitei para dizer que não tinha usado a conta e que não gostaria de pagar por um serviço que não havia utilizado. Mas falei super tranquilamente, na boa mesmo.

Ela falou com algum outro gerente. E vão me creditar o dinheiro!!! Oba! Oba!

O problema é que eu só recuperei o meu dinheiro, mas já to achando que tenho direito a gastar os R$114,00 em algo bem legal, tipo presentinho para mim... mulher não tem jeito.

Vamos ver se tenho mais sorte no próximo. Abacaxi gigante. :(

martes, 19 de mayo de 2009

Dica de saúde - Gergelim

Bom, eu to matando as saudades dos amigos e parentes. Fui tomar um café gostoso com a Marise, amiga do yoga. Fazemos parte de um pacote de amigas que foi feito quando fomos passar um fim de semana no Ponto de Luz, para prática de yoga. Ganhei um monte de amigas de uma tacada só. Nos sentimos muito em sintonia umas com as outras.

Desde aquela viagem que somos um grupo bem unido, que se diverte em encontros, jantares, cafés da manhã e também MUITO pela internet já que a distância física agora existe pois tem eu na Espanha e a Déa na Suiça. Mas apesar da distância a gente se quer muito e sempre estamos torcendo, incentivando e apoiando umas as outras.

A Ma, Marise, é super espiritualizada, querida, chiquéssima e super moderna. A gente adora admirar o estilo dela e claro, bom mesmo é conhecer essa pessoa querida, que admira a filosofia da vida e busca incorporar o lado bom, se auto analisando e buscando sempre equilíbrio. 

E desse nosso reencontro gostoso, ela me falou do gergelim. Que é ótima fonte de cálcio e de vitaminas. E que além disso ajuda no combate do colesterol e que é um poderoso antioxidante. A pele dela está ótima e ela acha que é por causa do gergelim. E o exame de densiometria óssea dela mostrou resultados bem melhores depois que ela  incorporou na dieta.

Curiosa, procurei na internet e não é que tá lá isso mesmo. Como eu preciso de cálcio (detesto leite), não tive dúvidas, fui lá e comprei um saquinho. E comi como ela recomendou. No pão, de manhã, passa requeijão ou queijo cottage e salpica de gergelim. 

Fica uma delícia, lembra aquelas bolachas cream crackers de gergelim, embalagem verde, antiga... Adorei!

E no dia seguinte comentei com a minha irmã que disse que a minha mãe sempre falou isso e que o bom é o gergelim preto, por ter mais propriedades medicinais. Ah, não tive dúvidas, voltei lá e comprei um saquinho preto para a minha irmã. No caixa, na minha frente, tinha um senhor comprando pacotes de linhaça, gergelim, aveia e cereais. Ele viu meu pacotinho preto e perguntou porque eu comprava o preto, contei toda a história e ele imediatamente trocou o pacote de gergelim branco dele pelo preto. Hehehe.

Eu continuo no branco, até acabar. Ah, e com casca, sem perde uns 80% dos nutrientes.

Ma, adorei a dica. Incorporada. Obrigada.

lunes, 18 de mayo de 2009

Back home!

Cheguei, to em Sampa. O vôo Tam chegou as 5:05 da manhã, não tive corage de acordar ninguém, então vim de taxi até o ape do meu primo, onde vou ficar nesse período.

Voltar para casa é bom. Não que eu tenha voltado exatamente para minha casa, acho que já não tenho mais isso aqui. Mas voltar para onde vc viveu, onde vc tem amigos e família é bom demais.

Começa ali no saguão de embarque do aeroporto, onde todo mundo fala a sua língua. Dá uma sensação familiar tão boa! E quando vc chega, pega o taxi, vê a cidade despertando... É uma sensação ambígua, boa por um lado, tristeza de outro. Porque o país onde vc nasceu, cresceu e viveu não consegue ser mais desenvolvido? 

Já sai, andei nas ruas, comprei várias frutas, pãozinho quente e integral, iogurte para o café. E a conclusão é uma só: Sampa peca por 3 coisas: excesso de trânsito, excesso de poluição do ar e sonora e insegurança.

Sonho de consumo imediato: morar em país desenvolvido e voltar sempre para o Brasil. Sonho mesmo: que esse país atinja um grau de desenvolvimento grande, proporcionando qualidade de vida para seus cidadãos, esse povo, seja classe baixa ou média, que sofre tanto para ter uma vida digna. 

Enfim, agradeço por poder voltar. Adoro esse país, adoro meus amigos e minha família. 

Segovia


O chalé do Manu é pertinho de Segóvia e resolvemos passear um pouco e almoçar por lá. Cidade linda, antiga e famosa pelo aqueduto, pelo Alcázar (palácio mouro, palácio real e depois prisão) e pela catedral.

Chegamos perto da hora do almoço e tivemos muita dificuldade para estacionar. Todo a rua em direção ao centro estava tomada de carros e nós até vimos uma vaguinha na frente de uma construção mas tinha placas de proibido estacionar e vimos vários guardas mais para frente e resolvemos não arriscar. Fomos seguindo em frente e parecia que estávamos nos distanciando muito do centro mas era o único lugar que encontramos para estacionar. 


Não achei ruim não, porque a vista do Alcazar era linda e estacionamos perto da igreja de Vera Cruz, onde vimos um casal de noivos chegando. Descobrimos quase sem querer que tinha uma trilha montanha acima que levava direto ao Alcázar. Não tinha placa e demos sorte que vimos um casal subindo e resolvemos tentar tb porque andar até o começo ia ser bem duro.


Olha o aqueduto abaixo. Dizem que foi construído no século I sem o uso de argamassa, só no encaixe perfeito das pedras, para trazer água do rio que fica há 18kms de distância. Funcionou até o séc XIX!

 E a catedral, de 1525, estilo gótico.


No final, nem entramos no Alcázar porque já estava tarde e estávamos carregando um tapete bem bonito que compramos na cidade para o chalé. Resolvemos descansar e deixar para a próxima visita. Até porque eu já havia ido em 2003, ano em que fiz o caminho de Santiago.

Na saída, vimos que todos os carros que estavam parados em local proibido tinham levado multa. Ufa, escapamos de uma bem cara!

Segóvia é uma das cidades bate-volta de quem está em Madrid, se vai de trem rápido, menos de 40 minutos, passagem via Renfe. Vale a pena, linda!


viernes, 15 de mayo de 2009

Teatro Real



Esse texto vai ser rapidinho que ainda tem muita mala para fazer. Na terça, dia 12, fomos convidados pelo tio do Manu para ir ao Teatro Real.

O tio do Manu, Chico, tem uma agência de publicidade que ele mesmo montou e toca sozinho. Mas ele ganha tudo quanto é ingresso e como sempre vai, as pessoas enviam de tudo para ele. Por ex, o avião do Real Madrid sempre leva o time, a equipe no geral, fotógrafos e sobram lugares para convidados. A família inteira do Manu já foi. E o pacote é completo, com hotel, jantar, almoço, cafe e lugar especial no estádio. Nós marcamos, acabamos não indo.

Mas os ingressos para o teatro, apesar de meio em cima, conseguimos ir. O Teatro Real fica em frente ao maravilhoso Palácio Real, visita obrigatória em Madrid. E o Teatro Real é lindo também e dizem que é bem difícil conseguir ingressos que além de tudo são caros.

Fomos ver La Condenación de Fausto, de Berlioz. O que eu conhecia disso é a história de Fausto, de Goethe, que entrega a alma ao diabo em troca de prazers, e só. Essa "ópera en version de concierto", ou seja, um concerto com cantores de ópera, representando os personagens, fala de amor. Ele se apaixona por Margarita e tem longas passagens sobre esse amor. E ele entrega a alma para o diabo (Mefistófeles) para salvá-la. 

Mas em termos de música, opinião pessoal de quem conhece pouco, não vi nada memorável ou mais conhecido, ou melhor falando, mais famoso.

O Palácio Real é uma visita a parte, são vários andares, com restaurante dentro, várias salas,

 cada uma com uma cor e um lugar especial para o rei.

Quando saímos, estava uma noite linda, passeamos um pouco, tirei umas fotos do Palácio Real a noite. Noite especial.

martes, 12 de mayo de 2009

No one will know. Except you

Tem um filme antigo que eu vi uma vez só, mas ouvi uma frase que nunca esqueci. O filme é Contato, com a Jodie Foster. Ela é uma doutora que fica monitorando o espaço em busca de sinais de vida. Até que ela começa a ouvir códigos e sai em busca de financiamento para o projeto pois nos códigos decifram a construção de uma máquina que crêem que podem levâ-los a uma outra dimensão. Depois de todas as dificuldades, finalmente ela consegue o apoio financeiro e estrutural, a máquina é construída mas ela não é a pessoa escolhida para a "viagem". Acho que o chefe dela, que nunca tinha acreditado no projeto, quando vê que o projeto é real "passa a perna" nela e faz tramóia para ir no lugar dela.

A cena que eu gosto é uma cena curta, onde eles se encontram, ele prestes a subir na máquina, e ele fala para ela, "sinto muito, mas o mundo é assim", meio que se desculpando e ela responde "sempre achei que o mundo é o que fazemos por ele".

Esse foi, talvez, o começo da minha crença que sim, somos agentes e fazemos diferença. Tem gente que diz que somos 6B, que não é um filme baixado na internet que vai fazer diferença, que não é um saco plástico a mais que vai acabar com o mundo... Eu respeito, não sou chiita. Também faço coisas que não são certas, não sou perfeita, nem quero ser, mas tento manter uma linha.

E escrevo isso porque li uma coisa que adorei, que quero por aqui. Li no blog do Denis Russo, da Veja: "Você tem consciência verde? Parabéns. Mas ninguém vai saber disso, a não ser você mesmo. Ninguém sabe de verdade o quanto você recicla, o quanto você economiza, o quanto não desperdiça, o quanto você ajuda. Ninguém sabe se as bitucas de cigarro que você já jogou na rua ao longo da vida dariam para encher o piscinão do Pacaembu. Ninguém sabe quanto de lixo você produz, e menos ainda quanto poderia produzir. É assunto seu, privado, para você resolver à noite, na cama, com a sua consciência.

Bons sonhos."

É um compromisso seu, com vc mesmo. Que, para mim, impacta o bem coletivo. Abaixo o modelinho que ele tirou de um outro site, da MyGreenConscience.



Dias de reforma

Essa é a minha última semana aqui. E não posso sair de casa! Estou com a casa cheia de pedreiros e o pátio central do condomínio também está em obras. Um barulho só. 

É que esse prédio tem um pouco mais de 10 anos e é o que eles chamam de "vivenda protegida" , ou seja, o Governo subsidia algumas construções, geralmente em bairros mais afastados para desenvolver outras regiões. Mesmo onde estou hoje, dizem que há alguns anos era área de gitanos e bem pobre. Hoje é um bairro bem residencial, cheio de casais e crianças pequenas andando pelas ruas, nos bares e nos parques. É bem feito porque é planejado, tem hospital, supermercados, escolas, metro. Os prédios não podem ter mais do que 5 andares porque fizeram os cálculos e esse é o ponto de equilíbrio para fluidez do trânsito, recolhimento de lixo, infraestrutura. 

Madrid não é uma cidade grande, mas cada vez cresce mais e já está se juntando há alguns pueblos, tudo devidamente ligado pelo metrô. Isso me impressiona muito. Principalmente porque tem centros comerciais distribuídos em todas as regiões o que tira o trânsito do centro. O Manu mesmo optou por viver aqui porque está há 10 min do lugar onde ele trabalha, ao lado da estrada para Zaragoza. E de carro, estamos há 15 min do Centro. 

Mas esse prédio foi malfeito porque quando vieram os primeiros moradores, logo apareceram rachaduras no prédio inteiro, nada muito grande mas se vê. E os jardins não foram impermeabilizados e quando chove, dá goteiras na garagem. A associação dos moradores entrou com um processo na justiça na época e finalmente saiu a sentença e a construtora está reformando tudo. 

Aqui começou ontem e deve acabar semana que vêm. Mas me segura um pouco aqui. Uma pena porque queria passar meus últimos dias visitando a cidade e comprando as últimas lembranças. 

Os pedreiros aqui de casa são poloneses. Loiros de olhos azuis e ficam ouvindo música pelo celular. Ofereci algo para beber e não tiveram dúvidas em me pedir cerveja! Aqui todo mundo bebe algo, os menus do almoço sempre tem vinho e cerveja e vejo todo mundo bebendo. Quinta feira estou liberada porque é "puente". É que sexta é feriado, dia de San Izidro, santo padroeiro de Madrid. Eu não tinha esse conceito de ponte que eles tem. 

Será que vcs me entendem quando digo que fico com raiva quando alguém diz que brasileiro gosta de festa e que se trabalha pouco no Brasil? Eu já ouvi isso algumas vezes. Ás vezes, assim direto mesmo, outras mas sutilmente. Quem me acompanha deve ter visto que aqui tem feriado do dia dos Reis, semana santa (semana mesmo!)... vão contando!

Aqui é muito difícil ver as pessoas saindo tarde. O Manu até comenta que alguns amigos dele que trabalham na Telefonica, Santander ou outras empresas grandes saem mais tarde. Tarde é que horas? Até umas sete, oito as vezes. 

Uma coisa eu acho certo, somos menos produtivos, paramos para um café ou para um papo. As reuniões são mais longas porque sempre tem um aquecimento, perguntar da família, do futebol... Aqui todo mundo é mais direto. Eu não me acostumei ainda. As vezes acho meio grosseiro até, opinião compartilhada com outros conterrâneos. 

Mas sei que é cultural. Quero ver o dia que eu for atender o telefone assim: "digame".

Percebo também qdo o Manu tenta falar em português. Ai que eu percebo como falamos no diminutivo e nunca falamos diretamente, geralmente em forma de pergunta ( vc pode me dar uma ajudinha aqui?).

O Kike, meu amigo espanhol que morou 4 anos no Brasil, atento e inteligente e talvez até por exigência da profissão, me disse que ia escrever um livro sobre o Brasil com o título "Ter tem, mas hoje tá em falta". Diz que brasileiro não sabe falar não. 

Mas pelo menos nós brasileiros não falamos o monte de palavrão que falam aqui. Ah não vou repetir. O engraçado é ver isso nos textos dos jornais, na própria televisão.

Espero que as lojas não fechem na ponte de quinta. Preciso comprar lembrancinhas!

jueves, 7 de mayo de 2009

Chimichurri

Conheci a Clau na facu, ela tinha uma bolsa imensa onde carregava tudo, inclusive o Guia de ruas de Sampa, para não se perder. Vinda do interior, ela é até hoje a pessoa mais pragmática que conheço, nada pega ela desprevenida e quando não tem jeito, lá vem ela com uma idéia inusitada, pronta para resolver logo a questão.  Sempre muito antenada, fuçava livros, cds, autores, bandas, músicas, cinema, reportagens e depois ela partiu para as comidas naturais, produtos integrais, enfim sempre se preocupou e se preocupa,  em ter uma vida sana e culta. 

Estudamos juntas, quando saímos da facu, fomos morar com nossos respectivos namorados e saíamos os quatro juntos, para jantar, para viajar, um cinema. Até que, por essas coincidências do destino, nos separamos dos nossos respectivos namorados. Aconteceu no mesmo dia, descobrimos isso entre lágrimas. Karma, foi o que disseram. Não sabíamos quem consolava quem naquele dia. E fomos morar juntas. 

Sempre comentávamos que queríamos ter histórias para contar para os netos. Entre trabalho, viagens, balada e amores, passaram-se bons anos, acho que uns três. As coisas ocorriam sempre em harmonia, sem nem precisarmos conversar. Supermercado, faxineira, contas, não lembro de nada talvez porque fluia tudo tão bem que nunca deu problemas suficiente para eu lembrar. 

Mas eu lembro de um dia em que chegamos em casa e não tinha nada em casa, nem água. Na época, vivíamos viajando e trabalhando muito. Ás vezes nem nos víamos e, com saudades, marcamos um dia para jantar juntas. É, de por na agenda. Mas nesse dia que não tinha nem água, em vez de fechar o tempo, ríamos loucamente. Que tal um belíssimo jantar fora?

Eu vejo a Clau muito abençoada, sempre viveu muito, é mais desapegada do que eu, acredita no dom da vida. Pegou o boom da internet, foi morar em Miami. Resolveu estudar fora, foi lá pro Canadá. E eu sempre fui visitá-la, estivesse onde estivesse. 

E ela conheceu o Ma, Marcelo. Hoje eles formam uma família linda, com a mais que linda Natashinha e o mais que espevitado Nico, e moram na Argentina. Daqui a pouco vou para lá, para não mudar o costume. Mas antes disso eles foram morar em Indaiatuba e claro que eu ia sempre. Respirar um pouco de ar puro, matar saudades e comer churrasco. Lambuzado com muito chimichurri. Receita do Ma, que a Clau também faz com maestria. 

Chimichurri é o molho argentino que acompanha as carnes. Depois de comer isso, churrasco não é o mesmo sem. E agora que temos uma super churrasqueirinha, perdi a conta dos churrascos que fizemos. Sempre que vamos pro chalé, fazemos um. E claro, eu é que não ia ficar sem. A Clau mandou a receita.

No último, onde foi toda a família do Manu, espécie já de despedida, eu fiz  chimichurri. Todo mundo empapou a carne de tanto chimichurri. Amaram!

Mana, obrigada pela receita. Ma, obrigada por ter me apresentado o chimichurri e principalmente por cuidar da Clau.

E Clau, thank you for being part of my life, mana e irmã do coração. Te echo de menos. 

Chimichurri (Chimi pros íntimos)

Para hacer una taza y media:
1/2 taza de aceite de oliva
1/2 taza de vinagre de vino
1/2 taza de cebolla picada bien finito
1 cucharadita de ajo picado fino
1/4 taza de perejil fresco picado
1 cucharadita de oregano seco
1/4 de cucharadita de aji molido
1 y 1/4 cucharadita de sal
1 cucharadita de pimienta negra molida fresca
Combinas todo y lo dejas reposar un par de horas para que "agarre sabor"

Vamos lá: taza é xícara, perejil é salsinha, ajo é alho, cucharadita eu usei uma colher de chá.  Agora, aji molido... Bem, isso é um condimento argentino que a Clau disse para trocar por pimentão vermelho. Mas olhando na internet, parece aquela pimenta vermelha em grãos grandes, bem grandes. Então, depois que eu descobri que pimentón de la vera e páprica é a mesma coisa e que aji molido também vem de pimentão, eu faço assim, pico um pouco de pimentão vermelho, uma cucharadita. E ponho um pouco de páprica. 

Aproveitem!

De certa forma, esse blog contribui um pouco mais para que nossas vidas continuem entrelaçadas. Eu me faço presente no dia a dia dela. Ela se faz presente na minha vida nos comentários que faz em cada posting. 

E temos muitas histórias para contar pros netos, pena que não dá para contar nesse blog.

martes, 5 de mayo de 2009

Romero, rosemary, alecrim


Eu adoro comprar ervinhas e sempre ia na feira de Moema de domingo comprar. Tem uma senhora simpática que sempre me fazia um maço variado: hortelã, cebolinha, salsinha, manjericão e alecrim. Me cobrava um real. E uma vez, acho que deve ter sido com a chegada da primavera, me cobrou 50 centavos. Claro que dei um real. Imagina, aquilo fazia minha alegria da semana inteira.

Hortelã eu fazia chá. Gosto de chá sem açúcar mas o de hortelã faço questão de por um montão de mel, igual áquele que tem no Arábia.  Mel da casa dos pais da Ione, amiga querida que uma vez me presenteou com um vidro gigante e eu fiquei imaginando que ia levar anos para consumir aquilo, e no final, fazendo chá de hortelã, consumi o pote inteiro, até a última gota. Mel caseiro, maravilhoso.

O resto usava em tudo, com destaque para o manjericão que amo,  e eu punha em tudo mesmo, na salada, no molho, no chá, no sanduba...

Quando cheguei aqui, claro que fui procurar e para minha tristeza, a carência de ervas no inverno é enorme. Sempre tem salsinha, mas vendem alguns raminhos. Li uma receita de moqueca no blog da Dea, da Suiça e ela falava em meio maço de salsinha, e eu fiquei pensando quantos pacotinhos ia ter que comprar para dar meio maço. Ou teria que ir até o mercadillo onde o vizinho boliviano me dava um maço até que razoável.

E uma vez também no blog da Dea, fiquei surpresa de ver que ela pegava alecrim na beira do lago, falando que lá era mato e com uma foto legal. Fiquei pensando porque aqui não tem, já que lá é mais frio do que aqui.

Fui ficando com uma vontade enorme de comprar alecrim e por nas receitas. Uma vez comi uma bisteca maravilhosa, ao forno, num convite inesperado de uma amiga querida, a Lilica. Estava perfeita e feita com alecrim. Aqui tem muita carne de porco, eu mesma não sou de comer muito e nem lembro de ter alguma vez comprado isso no Brasil. Mas aqui tem bastante, bistecas lindas e me disseram que é uma carne bem saudável com pouca gordura. Ou por nas batatas ao forno...

Passei em 3 supermercados e não encontrei, no último que era um lugar de frutas e verduras a mulher me disse que isso se encontrava nas ruas. Na rua?! Lembrei da Dea na hora. Bom, claro que resolvi comprar lá no El Corte Inglés, no supermercado deles que tem de tudo, e realmente achei. Uma caixinha pequena.

Mas fiquei com isso na cabeça, que tem na rua e toda vez que saia ficava cheirando os matinhos que ia encontrando. Principalmente perto do metro que tem um terreno enorme que agora tá cheio de mato e flores do campo.

Ontem fui correr, nem tenho corrido muito mas é que o tempo agora está maravilhoso e não resisti em sair, andar e correr um pouco.  Aqui em Madrid tem um anel verde para ciclistas de 60 km, dá uma volta na cidade. Passa aqui do lado de casa e estava bem cheio de pedestres, corredores e ciclistas. E não é que to correndo, fiquei olhando aquele monte de moita e resolvi ir cheirar. Voilá!! Alecrim. Finalmente.  

Voltei falando pro Manu "soy una tonta". Procurei tanto e o negócio ali no meu nariz. De montão. Todas esses arbustos verdes são alecrim. Ou "romero" em espanhol. Rosemary em inglês. 

Conselho curioso

Semana passada fui almoçar com a Choli, mãe do Manu. Era minha vez de convidar a todas para "merendar". Todas são a mãe e a irmã do Manu e a outra avó. 

Quando cheguei na casa dela, ela me entregou um paninho vermelho, especial para limpeza. Disse que era presente da tia do Manu para as mulheres da família. Essa tia eu nunca vi mas já era a segunda vez que ela me incluia na lista das mulheres com seus pequenos presentes.

Fiquei bem feliz com o paninho, porque aqui usam uns trapos, restos de roupa que eu acho um horror. Mas pelo jeito é normal porque no primeiro dia da Eugenia, ela perguntou onde estavam os trapinhos. Disse que aqueles eram os melhores. Ok, fazer o que. 

E ai a Choli me disse que quando ela era recém casada, ganhou de aniversário do marido um ferro de passar roupa, enorme, última tecnologia. Veio numa caixa grande, bonita e ela tinha ficado bem feliz porque estavam mesmo precisando. Disse que a sogra se levantou imediatamente e disse "se a casa necessita de um ferro, compre-o. Mas isso não é presente para uma mulher".

Utilidades domésticas são necessárias para a casa, nunca para uma mulher. Adorei essa. No Natal, tínhamos que comprar uns presentes e perguntei pro Manu se para a mãe dele seria legal algo para a casa. Ele me respondeu que se comprássemos algo para a casa, ela tiraria na nossa cabeça. Hehehe, agora faz sentido. Na época achei que era algo como, ela já tem tudo não precisa de nada mais para ocupar espaço.

A Choli ainda me disse "minha mãe nunca me falou isso, quem me falou foi a minha sogra". É que eu acho que poucas pessoas têm essa percepção. Eu não tinha. Agora tenho.

Mulherada, fiquem atentas, microondas na cabeça pode machucar. Homens "now you know, don't even think about it".

Bjos a todos.


lunes, 4 de mayo de 2009

Semana Santa - The end

Último pedaço da viagem, antes que eu esqueça.

Extremadura é o estado da Espanha, ao lado de Portugual e eu diria que é o menos povoado e menos conhecido. Mas eu achei muito rico, cheio de bonitas paisagens, boas estradas, cidades antigas, históricas, com marcos romanos, castelos e uma excelente comida. Vale a pena conhecer.

Nós começamos por Mérida, capital de Extremadura, fundada pelo imperador romano Octavio Augusto, em 25 AC. Vendo o que tem na cidade, dá para perceber como foi importante na época. Tem ponte romana sobre  rio Guadiana, a Alcazaba (construção árabe) com seus muros e uma vista linda do rio, tem restos do templo de Diana, o arco de Trajano, o aqueoduto de Los Milagros e o maravilhoso teatro romano que tivemos a sorte de visitar de dia e, evento especial de Semana Santa, fazer uma viagem guiada a noite. Disseram que é o único que ainda mantém sua função original pois ainda tem apresentação de teatro clássico.




Nesse dia andamos muito,  porque o aqueoduto é quase do outro extremo da cidade mas valeu a pena, a cidade é bem tranquila, com jeito de cidade do interior e conseguimos descansar no gramado que fica em torno do aqueoduto.  

Almoçamos e jantamos ali do lado do teatro, cheio de restaurantes e bares. Foi ali, no Yantar, que comemos o maravilhoso jámon de pata negra. Tinha uns pendurados e realmente, a pata é pretinha mesmo. O garçom era meio devagar e a comida demorou muito e teve uma hora que eu pedi algo e acrescentei uma expressão bem espanhola "cuando puedas". A Dea achou que eu estava de gozação com o cara, mas não é não, aqui é muito usado e muito educado falar. Ouço direto. Ali comprei uma garrafa de azeite e num supermercado compramos o famoso Pimentón de La Vera, que é um pó que vem numa latinha que eu fiquei cheirando... ué, cheira igual a batata frita que a Déa tinha comprado, que tinha páprica. Aprendi que é a mesma coisa, aliás, nem sabia que páprica era feito de pimentão. 

Manhã seguinte, Cáceres, outra cidade considerada patrimonio histórico da humanidade. Linda, tem um centro antiguo maravilhoso, dizem que é uma cidade que foi pouco atingida pelas guerras por isso que mantém intacto a maioria dos seus prédios. São mais de 10 torres entre igrejas, ermitas, casas, palácios, museus... Uma delícia para passear a pé, pena que fazia um frio. 



E seguimos para Trujillo porque queríamos almoçar lá, bom, almoço aqui na Espanha é tarde, restaurante só abre 13:30 e normalmente as pessoas almoçam as 14:00 durante a semana. O tio do Manu nos recomendou comer no La Troya, bem atrás da estátua de Pizarro mas infelizmente quando chegamos, já bem tarde, o restaurante estava lotado o que para mim foi novidade porque aqui sempre tem tanta opção (e com a crise) que no geral é só chegar e comer, tivemos então que procurar outro. Mas não tem erro não, sempre se come bem na Espanha.

Em Trujillo ficamos no parador, onde deixamos o carro porque é pertinho da Plaza Mayor e de lá se sobe até a fortaleza árabe. Não sei se dá para ver, mas na foto abaixo tem uma santa na janela. Quando se sobe até lá, dentro da torre, se põe dinheiro e a Virgem vira lentamente para contemplar quem está dentro da sala. Como fazer um dinheirinho... Depois do jantar, fui dar uma última voltinha na cidade, na plaza mayor, toda iluminada assim como essas torres abaixo. Lindo e junto com uma lua cheia maravilhosa... Bom demais.

 


Comprei um queijo chamado Torta del Casar, denominação típica da região, que me chamou a a
atenção por ser quase igual ao queijo Vacherin que comemos na Suiça, redondo, numa caixinha redonda de madeira, mole por dentro. Feito de leite de ovelha, o queijo é muito fedido e tem um gosto bem forte também, bom,
mas achei que o cheiro bate antes no nariz do que o sabor na boca.


Como curiosidade, em Extremadura, dizem que nasceram três grandes imperadores romanos (ai, será que é certo falar assim? se não for me perdoem) Augusto, Trajano e Teodósio. 

E especificamente em Trujillo, nasceram grandes conquistadores da América, como Hérnan Cortéz, fundador do México, Francisco Pizarro, fundador de Lima no Peru e Francisco Orellana, explorador do Equador e do rio Amazonas. Tem um busto do Orellana perdido em alguma quadra de Trujillo, meio orelhuda segundo meus visitantes. Dizem que é por isso que muitas cidades na America Latina tem os mesmos nomes que cidades de Extremadura. 

E para finalizar, o grande jantar no Parador, onde fomos "invitados" a espanhola pelo Ale. Que aliás, nos proporcionou também o traje. Isso mesmo, ganhamos as camisas de presente enquanto estávamos fuçando lojinhas em Trujillo. Lindas não?


Ale e Dea, super obrigada por tudo. Amamos a vigem, amamos a companhia de vcs, os presentões... Aliás, falando em presente, até o Manu ganhou presente. Um jogo de baralho em caixinha de madeira e surpresa, surpresa, uma cava de vinhos! Esse foi comprado no último minuto da viagem, estávamos no supermercado comprando coisitas e o Ale teve a idéia, saiu correndo, comprou e deu para o Manu, que ficou olhando sem entender nada. Acho que era "broma" , brincadeira do Ale. 

Hehehe, presente aceito. Agora o Manu quer fazer um lugar de meninos lá no sotão do chalé, por a geladeirinha, um bar e uma mesa de sinuca.

E um especial agradecimento ao Manu, que planejou toda a viagem, fez as reservas, dirigiu o caminho todo e foi nosso guia. Obrigada, querido.