sábado, 7 de agosto de 2010

Girls

Hoje sentei ali na beira da piscina e fiquei vendo a noite cair devagarzinho, levei o restinho da minha taça de vinho e fiquei vendo os tons de laranja tornarem-se escuros, ouvindo o silencio da noite e olhando aquela água azulzinha. Que paz! E foi com um sorrinho no rosto que fiquei lembrando de um riso infantil, feliz e vibrante.

Devagarzinho comecei a pensar nas coincidencias dessa semana. Ontem, no fim da tarde, fui dar uma nadadinha e veio duas senhoras com um bebê de colo. Enqto eu nadava, uma delas trouxe o bebê até a beirada e molhou os pézinhos dela. Ela riu feliz. Eu parei olhei para ela e disse algo como: uau ela gosta de água. Ai a senhora, num ingles carregado perguntou: “do you want to take her?” Eu tava tão distraída que entendi algo como: “gostou? Quer levar pra casa?”, achei engraçado e respondi na brincadeira: “claro”. No segundo seguinte ela tirou a roupa da menina, a fralda e me entregou um bebê fofo, nu e toda rechonchuda… fiquei só pensando "ai que mulher doida” e ”bebê, pelo amor de deus, não escorrega”. Ela escorregou pro meu colo, foi pra dentro da água e gargalhava feliz. Batia perninhas e bracinhos numa felicidade só.  Ela se chama Emma, a doida é a avó e foi uma delicia ver aquela coisa “gotosa” se divertir na água. A doida saiu e trouxe o pai, que me vendo com a fofa dele deu meia volta e voltou de maiô. Acho que eles não quiseram me incomodar mas eu me diverti muito com a pequena Emma. Tem gente que sabe ser feliz.  Logo depois chegou uma mulher com um bebê do tamanho da Emma e que esperneou e chorou ao entrar na água. Enqto isso a Emma ria feliz com o pai.

E ali naquele finalzinho de tarde, lembrei que no domingo passado, enqto eu estava sentada no parque que tem aqui em frente, chegou um bebê maiorzinho, veio andando na minha direçao e parou na minha frente. Fofa, pretinha, gorducha, gracinha. E começou a puxar a minha canga vermelha onde eu estava sentada. Falei assim pra ela “no, if you want, you can seat”. Ela nao se fez de rogada, virou o bumbum pra mim e sentou no meu colo. Fiquei olhando pro Jeff, ele olhou pra mim, e começamos a rir. Perguntei assim pra menina “where is momy?” acho que fiquei nervosa de ver aquela menina sozinha, sentada no meu colo. Nesse país de louco, fiquei com medo de alguém me acusar de sequestro!

Finalmente achei a mãe, olhando pra gente e achando a maior graça. Ainda bem!

E lembrei com saudades das meninas da minha vida. A pequena Isabela, que vi umas duas vezes qdo era bebê e um dia, no niver do Kiko, senti alguém me abraçando por trás. Virei e vi uma menina linda, de cabelos longos e olhos lindos me sorrindo com os olhos , lábios e coração como só as crianças sabem sorrir. Vergonhosamente não sabia quem era. Nunca soube se ela me confundiu com alguém, ou sei lá o que foi. Nos niver seguintes do Kiko, ela vinha correndo pro meu colo, linda! Tentei acho que no segundo ano sair com ela, fui jantar na casa da Mariaeliza que na época era minha vizinha ali no alto de Pinheiros. Ela tava lá, princesa como só ela sabe ser. Infelizmente perdi contato, soube que hoje ela virou uma menina difícil mas eu tenho uma saudade dessa menina que veio tão de coração aberto me abraçar. Eu quero realmente encontra-la novamente, quem sabe na minha próxima ida pro Brasil eu possa ser abençoada em vê-la novamente.

E outra é a Paula, sobrinha do Manu, lá na Espanha. Se tenho saudades de algo na Espanha é dessa menina linda e que conheci banguelinha. Fiz massagem nela uma vez e nunca mais paramos. Toda vez que nos encontrávamos, ela pedia para eu fazer nela. Ela falava assim algo assim  “me ensina? Quero fazer que nem vc” e a avó dela comentava que ela podia dar uma boa fisioterapeuta. 6 anos! Que graça. Ela tb me surpreendeu, eu a tinha visto umas duas vezes (ou sera que foi uma?) antes de eu voltar para a Espanha em dez de 2008. Qdo chegamos na casa da Choli era só para pegar uma caixa de ferramentas então eu nem subi. A Choli desceu para me dizer que a Paula estava doente e havia pedido para que eu subisse para falar com ela.

Não dá para não falar da Nat, Natashinha... Quando a Clau correu para o hospital para dar a luz ao Nico, eu fiquei com a missão de cuidar da Nat. Peguei a gatinha, fui pra IBM buscar meu micro e avisar que ia tirar o dia off. Foi só entrar no andar que todo mundo foi parando para ver aquela menina linda, de olhos luminosos, cabelos cachedos, me senti a tia mais orgulhosa do mundo. E quando deixei ela sentadinha na minha mesa, aquele povo todo olhando para ela, ela um pouco assustada vira pra mim e fala em alto e em bom tom "tia Ju, eu amo você"! Ah, priceless...


Meninas… adoro meninas. Acho que são de uma suavidade linda e tão de coração aberto! Um dia quero ter uma. Confesso que hoje deu vontade. 



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