domingo, 12 de abril de 2009

Bologna II


Heheehe... fui embora aproveitar a Semana Santa e nem terminei de falar de Bologna. E já to cheia de histórias e fotos lindas para colocar mas é melhor contar contar as coisas na ordem e antes que eu esqueça.

Então vamos a Bologna. Vamos falar da Bologna's Children Book Fair do ponto de vista de alguém que não conhece esse mercado e foi para ajudar (ou tentar, pelo menos) uma amiga. Primeiro que achei bem diferente da feira de livros de Sampa porque a nossa é cheia, aberta para o público e a de Bologna é bem voltada para negócios, quase não há venda de livros ao público. As editoras e os agentes literários vão para vender e comprar direitos autorais. 

Segundo, que o país homenageado era a Coréia, descobri então a riqueza dos livros coreanos principalmente por causa de suas ilustrações. Livros maravilhosamente ilustrados, com pouco texto (só não deu para avaliar a qualidade... heheeh, não estavam traduzidos) mas o que pude sentir é que nós brasileiros podemos crescer mais na área de ilustração mas que temos textos muito criativos, ah isso sim. Deu para ver que eles se mostraram bem interessados quando a Dri começava a contar, fazendo o seu trabalho de "vender" os escritores a quem ela representa. 

A Dri faz isso super bem, tomara que essa feira gere resultados maravilhosos. Tô na torcida!

E eu  fiquei bem feliz de ter encontrado o Sérgio, que foi nosso anjo. Amigo querido,
sempre atencioso, divertido, inteligente, rápido e um verdadeiro gentleman, daqueles que não se encontram muito nos dias de hoje. E com o Sérgio conhecemos também o Vicente e o Sérgio (o russo, vou chamar assim), pois trabalham juntos na editora no Brasil e que no final acabamos nos encontrando para jantar em duas ocasiões. Na primeira fomos jantar no restaurante La Braseria (Via Testoni 2)... onde um grupo de brasileiros, participantes da feira, se encontram anualmente. 

Eu não vou esquecer esse jantar tão cedo porque afinal foi onde eu pude ver, ao vivo e em cores, o Maurício de Souza. Ele povou minha infância, seus gibis foram companheiros de anos, claro que eu tive que ir lá no maior estilo tiete: declarei meu amor, pedi autógrafo e tirei foto. 

Na segunda, fomos jantar no Donatello (Via A. righi 8) e dar um giro noturno pela centro. O bom da Europa é isso, vc pode 
sair caminhando, com tranquilidade e sempre tem algo para ver e descobrir. O Sé nos levou para conhecer uma livraria que deve ser o sonho para muita gente, livros (claro!), e um monte de coisas gostosas porque é um misto de café, rotisserie, restaurante... aberto até tarde. Imagina poder comer uma saladinha, cheia daquele azeite maravilhoso ou uma massa artesanal, tomar um café expresso, ler um livro, aliás, ver vários livros, dentro de um ambiente lindo???!!! Ai, vou ter que voltar, porque ficou só na imaginação mesmo.

Eu acho que ainda não incorporei o espírito blogueiro... nunca tiro fotos e nem anoto as coisas para por aqui... Vou melhorando, prometo. Bem  no gerúndio mesmo. Não sei como chama a livraria. Sei chegar!

A Feira foi uma experiência interessante, falamos com gente do mundo inteiro, é um universo diferente. E a concorrência é dura. Tem muito livro, tem muito escritor, tem muito país. E o desafio é, quem vai ser o novo Harry Potter? Mas, sem dúvida, são nessas feiras que se iniciam os negócios. 

Sé querido, todo meu amor e carinho a vc. Obrigada por tudo e acima de tudo por se importar e querer ajudar.  Não me importo nem um pouco em saber o resultado porque só de saber que vc quer ajudar, e o faz de forma espontânea, me toca e me emociona. Obrigada. E te desejo muito sucesso nessa nova etapa da sua vida. 

Vicente, sempre bom conhecer uma pessoa excepcional. Encantada!

Dri, obrigada pelo convite, espero que eu tenha ajudado um pouquinho. E que todo o investimento, o trabalho e as dificuldades sejam recompensados porque vc faz um trabalho lindo e merece. 

Sérgio (o russo), tenho de dizer que eu quero fazer parte do seu mailing. Quero receber email toda sexta-feira com poesias, trechos, pensamentos, ou qualquer coisa que vc ponha lá. Aqui no metro de Madrid tem sempre um folheto tamanho normal A4 com uma poesia, e embaixo, em letras grandes está escrito "Ni un dia sin poesia". Eu adoro essa frase, e faço variações desse tema. Nem um dia sem um sorriso. Nem um dia sem agradecer. Nem um dia sem amor. Pode ser amor de quem se ama, da família, dos amigos, o próprio, ao próximo. Afinal, "qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar"!

Nem uma sexta sem poesia do Sergio (o russo)! Obrigada.


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