lunes, 31 de agosto de 2009

Comer, rezar e amar versao tupiniquim

Desde que eu sai da IBM que eu comecei a ouvir falar desse livro. As pessoas começaram a associar esse livro a mim. Ela tinha uma vida que, para quem olha de fora, era perfeita. Ela tinha um bom emprego, um bom marido, uma boa casa, era uma mulher bonita e nova... mas ela começa o livro chorando no chão do banheiro, absolutamente infeliz. E ela larga tudo e vai viver um ano quase que sem compromisso. Vai para Italia comer, para a India rezar e para a Indonésia buscar equilíbrio, e lá, encontra o amor. Acho que me associam com o livro porque larguei um emprego bom e estou em uma busca mais espiritual.

Agora que vim para o centro budista, as pessoas começaram a lembrar de novo dessa história. A Alezinha até me escreveu assim: "Ju, que lance eh este de "Rezar, Comer, Amar"? Olha p/ encontrar um gaucho basta ir p/ o RGS, nao precisa ir p/ Bali, ta? (rs)"

Mas infelizmente eu não vou ganhar os milhões que ela ganhou com o livro e com a venda dos direitos para fazer um filme. O meu blog é grátis! 

E a outra diferença é... eu comecei a minha viagem pelo AMAR. Eu fui para Espanha para namorar, começar uma nova etapa da minha vida lá com base no amor.

Agora, eu vim para esse centro budista,  que as pessoas associam ao REZAR mas eu não estou num retiro pessoal, eu vim para fazer trabalho voluntário. Claro que aprendo muito aqui, aprendo o prazer do meditar e diminuir o fluxo de pensamento que sempre foi uma coisa louca na minha cabeça... racionalizando tudo, pensando em tudo, imaginando mil possibilidades, um zumzum louco. Outro dia fui dormir e percebi, com um certo prazer, que tinha poucos pensamentos na minha cabeça, e achei aquilo tão bom, tão mais tranquilo.

Mas meu medo é que, se eu realmente estiver encaminhando minha vida com base nesse livro, mas de forma totalmente tupiniquim e inversa, eu vou acabar no COMER!!!!!!

Hehheheeh, espero que não. Comer é bom, claro, mas engorda e diminuia a expectativa de vida. Mas amar é muito melhor! Outro dia, num chat com a Ka, ela disse algo e eu respondi, na verdade nem lembro qual era o assunto. Mas lembro que ela me disse algo como, "vc continua uma eterna romântica!". E ai sim, eu lembro da resposta. "É que de todos os sentimentos que vivi, o que eu mais gosto é do amor". Por que eu escolheria outro? 




5 comentarios:

Karen's updates dijo...

Ju,
tambem me falaram mil vezes deste livro, que li antes de vir para a Asia. Onde voce olha na India, tem ocidentais lendo o tal do livro - principalmente mulheres - provavelmente em busca do mesmo happy-end que o livro proporciona. O livro eh OK, mas tem uma passagem de que sempre me lembro: quando o cara fala para ela: "chega, voce ja provou que sabe fazer sozinha. Agora a gente vai junto". Eh isso que quero- alguem para fazer acontecer junto - porque sozinha, sinceramente, nao preciso provar que sou capaz - mas nao estou mais a fim!
Minha amiga Rana me disse uma coisa muito fofa: que minha historia eh muito mais bonita do que a deste livro! E faco minhas as suas palavras: a sua tambem, Ju. :-)))))
Saudades (de monton!!!!!!)

claudia dijo...

Porque nao comer?? Eh bom demais. Sem comida o corpo fica desnutrido e gente morre. E coma muito sim, uma vez ou outra nao faz mal nao. O que faz mal eh o excesso. De tudo. Eu nao li o livro, vi a a entrevista dela na Oprah. Para mim o livro eh a historia de uma pessoa que nao tinha sentido na vida e foi em busca de sentido. Ela tava correndo de algo, e por ai tropecou em coisas interessantes. Cada vida eh unica, cada busca eh unica. Ontem li uma frase legal - o forte nao eh quem eh duro, mas sim flexivel. Adaptacao e flexibilidade eh fortaleza. E isto pra mim significa nao lutar com a vida, mas manter um sutil equilibrio mutante e... sentir-se feliz.

luis dijo...

Oi Ju......

Karen's updates dijo...

Clau,
seu post me fez lembrar de uma frase do Che Guevara que diz; "Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamas". :-)
besos

judit kong dijo...

Me sinto bem assim, escolhendo meus caminhos, montando minha história, aproveitando os momentos e acima de tudo, optando pelos sentimentos nobres: amor, felicidade, gratidão.

Lu, seja bem vindo!

Saudades!