miércoles, 5 de agosto de 2009

Ipsalu Tantra Kriya Yoga

Esse foi o curso que eu fui fazer. Gostei!

Sabe como começou o curso? Explicando o que significa Namastê. Saudação que significa: o Deus que habita em mim, saúda o Deus que existe em você. É o reconhecimento do divino em cada um de nós. Como não gostar de um curso que começa assim?

Eles mostram que acima de tudo, fazer amor é um ritual. E como tudo na vida, requer treino, prática, esforço mas num exercício muito bonito de amor e valorização do ser humano que vc escolheu como parceiro. 

Como ritual mostraram que começa com:
1)  acordar e movimentar o corpo (awake the body), por isso a importância de música para levantar, dançar e fazer a energia circular.  Toda sessão começava com uma música, aquela batidinha da música árabe, lounge, algo animado e ritmado.
2) acalmar a mente (still the mind), desligar-se dos problemas, esquecer o mundo e estar presente. E aí vieram exercícios de respiração e coisas simples como olhar, olhar bem nos olhos, longamente. 
3) despertar a energia sexual (arise the sexual energy) através exercícios como um simples abraço, um longo abraço na verdade, respirando junto (quando um inspira o outro aspira essa energia)
4) transferir essa energia sexual (transmute passion)
5) e aproveitar o êxtase ou felicidade infinita (enjoy the bliss)

Teve muita coisa: música e dança, mantras, exercícios de taichi, massagem, o famoso pratinho de frutas e chocolates cuja única regra é que todo pedaço tem que ser oferecido cada vez de uma forma diferente, sons para mostrar como vc está apreciando tudo que acontece (o famoso uh, ah...), exercícios pélvicos, posições, respiração. Muita respiração, aliás é através dela que vc para, respira, levanta energia e começa tudo de novo. 

Fazer da relação um movimento orgásmico e não ter o orgasmo como fim. E eu acho que finalmente entendi isso. Não significa simplesmente não gozar que é o que a gente normalmente ouve por aí. Mas deixar de pensar no orgasmo como fim. Acho que hoje, com a correria do dia a dia, fica quase aquela rapidinha para aliviar. Poxa, é diferente no sentido de incorporar os movimentos orgâsmicos na relação, difícil de explicar mas eles mostraram isso de uma forma bem interessante.

A mulher faz isso mais naturalmente, o homem tem que aprender. Vivenciar o ritual, estar presente, focando muito o momento e a pessoa. Viver intensamente um relacionamento íntimo. Eu ultimamente tenho pensado muito nisso e o curso veio tocar exatamente nesses pontos. Eles falam em transformar energia sexual em energia espiritual. Achei lindo.

Achei que o grupo tinha bastante casais de pessoas na faixa dos 50 anos, vivenciando um novo relacionamento. O que eu mais ouvi foi que eles viveram anos de um casamento infeliz (unfulfilled relationship) até os filhos saírem de casa. E aí resolveram procurar um relacionamento mais completo e procuram isso através do tantra. Tinha dois casais mais novinhos e, claro, uns homens mais velhos querendo arranjar mulher. Ou que era mais barato fazer o workshop do que ir somente para o lugar. Ai que horror.

Bom, no fim do curso, eu fiquei um dia a mais no lugar. E fui para as piscinas. E lá, quando estava chegando cruzei com uma mulher magrela bem bonitinha com uma lama no rosto. Quando pus minhas coisas no chão, percebi que estava bem perto dela e ela veio me oferecer a máscara facial, disse que ela mesma tinha feito e que era para tirar toxinas do corpo. Peguei o potinho e passei a meleca no rosto e fui devolver o potinho. Ela levantou quando eu tava chegando e fiquei conversando com o namorado dela enquanto esperava ela voltar. Ela voltou e entre conversa vai e vem, expliquei que tinha ido para fazer o curso de tantra. O namorado dela disse: quando eu a conheci, há 3 anos atrás, estávamos fazendo amor quando ela disse que aquele era o jeito de homem fazer e que ela queria fazer diferente. Estão juntos até hoje. Ela é tântrica e eu também (na teoria pelo menos).

2 comentarios:

claudia dijo...

Ta na lista do que fazer... Para os que tem filhos acho que o maior desafio nao eh respirar, se desconectar, sentir, etc.... Sabe na pratica o que eh mais dificil ? Ter espaco/tempo = 1)nao se preocupar de que vai escutar um "mami" a qualquer momento, 2)escutar passos vindo pro seu quarto, 3)escolher como vai usar as 9 horas que voce tem depois que colocar as criancas para dormir (tomar banho, comer algo, conversar com o marido em paz ou apenas dormir!). Ai, amigos sem filhos, facam o curso enquanto podem. Eu to na lista de espera oara os proximos 8-10 anos...!

judit kong dijo...

Clau,

pensando em vcs, eu fiz essa pergunta para eles, como conciliar o tantra com filhos, trabalho, transito. E ela me respondeu que isso é um exercício diário. Disse que os movimentos pélvicos podem ser feitos no transito, na fila do banco. E quando seus olhos cruzarem com alguém sorrindo na fila, saiba que ali está outro tantrico.

Próximos 8-10 anos??!! Tá louca?