Chiang Mai - Loi Krathong

Ok, duas semanas com o mestre Pichest e descobri que na segunda, Nov 02 é Loi Krathong. Quando me falaram, fui logo perguntando  “onde se pode comer krathong”? Todo mundo caiu na risada.  Krathong são barcos feitos de tronco de bananeira, todo enfeitado de flores, (como uma flor de lotus), 3 incensos, uma vela e uma moeda, me explicaram. Expliquei que no Brasil, lá no Mestiço, tem krathong para comer, uma cestinha recheada de frango apimentado que é uma delicia! Já fiquei com vontade de comer aquilo, junto com a caipirinha de frutas vermelhas que eles fazem lá que é divina também!

Loi Krathong aqui é imperdível, tem gente que vem de Bangkok e de outros lugares porque aqui é mais tradicional. Acontece na lua cheia, depois do décimo segundo mês do calendário lunar. É época de fazer os krathongs e fazer-los deslizar pelo rio pedindo perdão à mãe das águas e pedir também que o barco leve algo de ruim com ele. Eu e a Dani fomos fazer os nossos krathong num restaurante vegetariano, Canto Vegetariano, onde a dona junta as amigas para fazer. Ela comprou tudo, só tive que ajudar a pagar os materias (flores de tudo quanto é tipo, prego, folhagem, incenso, velas, tronco de bananeira) e fazer o meu.

Saímos, fomos jantar e direto para o rio. Quase não conseguimos passar para o outro lado, de tanta gente que tinha. Muito fogos de artíficio e o céu totalmente coberto de balões. Sim, pequenos balões que todo mundo infla e solta pelo ar. Lindo de se ver. Infelizmente nenhuma foto ficou boa, uma pena porque ver o céu coalhado de balões foi uma experiência única.

Soltamos o nosso krathong e decepção total, os nossos barquinhos viraram e alguém nos falou que eles estavam muito pesados. Ai que caiu a ficha… bem que eu achei que os nossos e de uma outra menina eram bem mais viçosos e bonitos do que os outros… claro, todo mundo pos pouca coisa para ficar levinho e flutuar… Por mim, tudo bem, experiência para os próximos mas fiquei com dó da Dani, que ficou tristona.

Saímos da beira do rio e fomos andando quando eu vi um restaurante simplesmente maravilhoso. Com uma placa grande na porta  “Somente com reserva” algo assim. Fui perguntar, não custa nada. Perguntei se podíamos comer a sobremesa e depois de um pouco de indecisão, fomos aceitas porque já era tarde e já tinha algumas mesas vazias. Resultado, comemos uma sobremesa maravilhosa, vimos os balões e fogos de um lugar lindo e privilegiado, na beira do rio.  A sobremesa custou  caro para Chiang Mai, 200 bahts contra vários jantares na base de 120 bahts, mas se eu converter para reais, é mais barato que qualquer sobremesa no Brasil. E tá ai, o tradicional arroz com manga. Manga é manga mesmo, cortadinha e gelada, o arroz é o stick rice, cozido no vapor, junto com leite de coco e açúcar. A Dani me disse que ela faz na casa dela com arroz normal que sobrou do almoço, vira sobremesa a noite.

Doce acaba com qualquer tristeza, então renovadas, fomos para o Tha Pai Gate soltar os nossos balões.  Compramos dois, são muito baratos (35 bahts o grande) e muito bem feitos. Parece papel de arroz mas é bem resistente e tem uma base de arame onde no meio tem algo redondo. É só por fogo naquilo, levantar o balão e esperar. Em questão de minutos ele tá inflado, a gente sente o ar quente e é só soltar. Tem milhares no céu, todo mundo solta o céu, faz um pedido e envia pro universo. Linda noite.